Sim, o Brasil está em recessão. Com a queda recorde do PIB em quase 10% no segundo trimestre e retração de pouco mais de 15% nos investimentos, além das altíssimas taxas de desemprego, queda na poupança, endividamento familiar, falências e diversos setores em crise – o aéreo, transporte rodoviário, turismo, cultura, eventos, bares e restaurantes, construção civil e comércio em geral, entre outros –, lutando para sobreviver, a economia aponta para um quadro recessivo. Era previsível. Só não estamos numa situação pior graças ao agronegócio – sempre ele –, às exportações e ao vigor de um mercado interno que tem fôlego e ainda se mantém.
Culpa da pandemia que, com as insanas quarentenas forçadas e o pânico disseminado e diuturnamente alimentado pela imprensa, criou tal situação que obrigou o governo a liberar recursos não previstos para a saúde, além de auxílios extraordinários para os mais necessitados, impedidos de trabalhar. Com a queda de arrecadação, tudo isso força o teto de gastos e tem potencial para gerar uma grave crise política, obrigando o Governo Federal a trafegar no perigoso terreno a irresponsabilidade fiscal. Não está fácil.
Bem que Bolsonaro avisou que isso iria acontecer caso os governadores e oposicionistas insistissem em parar o país. Mas não é exatamente isso que os opositores queriam mesmo ao custo da saúde física, emocional e financeira da população? Penso que sim. Afinal, a pandemia foi politizada desde o início, o que, aos poucos, se tornou notório para qualquer pessoa medianamente informada.
É verdade que pelo menos outros 27 países no Mundo então em situação semelhante, menos a China que está conhecendo, nessa fase de pandemia, uma expansão econômica de quase 11%. Incrível como eles conseguem isso em todas as crises de saúde pública mundial. Até parece que torcem para que um novo vírus surja periodicamente e alavanque o crescimento econômico deles. Estariam eles criando vírus em laboratório? É a suspeita que se tem.
Isso, porém, não consola quem está enfrentando os problemas internamente. Há vários setores que não podem realmente parar e que não podem se beneficiar dos salários regularmente pagos ao funcionalismo e tampouco das atividades “Home Office”. A maioria da população vive entre o receio do contágio por um vírus potencialmente mortal que pode deixar graves sequelas nos recuperados e a necessidade de continuar em atividade para sobreviver. Tudo agravado pela absurda campanha contra a única terapia disponível e ausência, por prazo incerto, de uma vacina eficaz. E, após mais de seis meses de pânico, a pandemia não dá sinais de esmorecer.
Aos poucos, contudo, vamos aprendendo a conviver com isso, mudando hábitos de higiene, praticando o distanciamento social, usando máscaras talvez pouco eficientes e consumindo litros de álcool gel. Ainda vai demorar e o número de contagiados e óbitos vai continuar em expansão, mas essa crise na saúde será superada, seja pela chamada “imunização de manada”, pela terapia precoce e preventiva com a HCQ e Ivermectina ou pelo advento da esperada vacina. Quando isso acontecer, porém, seremos obrigados a enfrentar outra crise – igualmente séria – que será o combate a recessão. Essa, sem dúvida, exigirá da população um enorme esforço, seja para pagar as dívidas contraídas durante a pandemia como trabalhando diligentemente na recuperação econômica do país.
Espero que quando essa outra crise que se vislumbra chegar para valer, a população esteja consciente de quem são os reais responsáveis pelo agravamento dela: os mesmos que, por décadas, se locupletaram à custa dos sacrifícios da população, sempre defendendo as próprias benesses, os favorecimentos pessoais, mentindo, enganando, distorcendo a realidade e roubando descaradamente. Fará parte de nossa luta pela recuperação execrar esses da vida pública através de nossa rejeição e voto. Tenho certeza de que vocês sabem bem de quem estou falando.
Laerte A Ferraz para Vida Destra, 01/09/2020
Sigam-me no Twitter! Vamos debater o assunto! @FerrazLaerte
7 de Setembro está porvir e temos que dar um basta às máscaras e as arbitrariedades estatais. Teto para gastos apenas para Bolsonaro. Tofolli autoriza o dobro p/conversão em espécie. Emendas impositivas individuais a rodo em tempos de pandemia.
Essa recessão da forma que está, poderia ser evitada se o controle do país estivesse na mão do PR. Mas infelizmente o STF usurpou funções.
Concordo, caro Nunes. Não iria mudar em nada os números da pandemia, mas iríamos sofrer menos com a recessão.
Parabéns por mais um excelente artigo, meu amigo! Lido e compartilhado!
Grato, amigo. Seus comentários são sempre um estímulo.