A classe política brasileira não estava preparada para a vitória de um conservador em 2018. Dado o investimento de dinheiro roubado, feito pelo Foro de São Paulo e seus agentes, como está mais que provado nas falcatruas do PT enquanto governou o país, era mesmo de se imaginar que seria praticamente impossível perder uma eleição com um aparato tão grande, que envolvia a mídia, o aparelhamento institucional e os interessados diretos no acesso às torneiras de dinheiro público abertas à revelia pelo partido que assaltou o Brasil. Junte-se a isso a distribuição de benesses, supostamente direcionadas aos mais pobres, com objetivo de “distribuir renda”, que foi, sem dúvidas, o maior esquema de compra de votos e consciências que o mundo já viu.
Acontece que Bolsonaro não pode ser considerado um “outsider” semelhante a um franco atirador ou um aventureiro. Isso não justifica, por exemplo, a campanha mais barata da história do país, pelo contrário. Tentam, até hoje, rotular Bolsonaro como alguém que fez uma aposta maluca, baseada em discurso populista, o qual alguns até chamam de “discurso de ódio”.
O presidente enxergou, em 2014, uma chance de fazer um reset na política nacional, a começar pelo modo pelo qual o então aspirante a candidato andou pelo Brasil, ouvindo os anseios do povo e plantando a semente que viria a dar-lhe a vitória em 2018. O uso dos meios digitais para a campanha, apesar de inspirado naquilo que Donald Trump realizou dois anos antes nos Estados Unidos, foi a prova de que Bolsonaro consegue enxergar seu tempo de maneira contemporânea, se opondo ao anacronismo típico dos políticos da esquerda, que usam discurso moderno com verniz ideológico, aquele que fez com que Duda Mendonça transformasse o sindicalista de camisa aberta até o meio mostrando o peito cabeludo, em Lulinha Paz e Amor, essa figura que encantou universitários que ainda vestem camisetas de Che Guevara.
Bolsonaro não é um “outsider”! Não creio que ainda pensem assim as pessoas que já comprovaram a sua diferença com políticos fisiológicos tradicionais. Ele teve algo que faltou a muitos que antes poderiam ser considerados políticos de uma nova geração, como Marcel Van Hattem, por exemplo. O presidente passou quase três décadas dentro da política e aprendeu que existe um “modus operandi” tradicional em Brasília, que era um círculo vicioso. Quebrar este círculo seria a estratégia para iniciar uma trajetória rumo a novas dinâmicas na política nacional. Um outsider seria um sujeito oportunista, que se aproveitaria de determinada situação para ingressar na política, intentando crescimento e obtenção de poder, como foi o caso de Joice Hasselmann e Alexandre Frota. Esses sim outsiders típicos. Embarcaram numa onda e surfaram nela até conseguirem seus objetivos pessoais. Assim que atingiram este objetivo deram início às práticas que os vemos realizar. Inclusive o segundo já não tem outra função a não ser obedecer aos caciques do “tucanato”, dormindo, sonhando e acordando com intenção de elaborar o novo e diário pedido de impeachment do chefe do Executivo.
Por isso é necessário que entendamos os motivos de tanta difamação, perseguições e tentativas de assassinato de reputação ao presidente. Na verdade, antes da eleição houve até tentativa de assassinato de fato. Ao que parece os adversários tradicionais já previam o opróbio da derrota para o “maluco” do exército. Virão outros Celsos de Melo, Marcos Aurélios, Barrosos, Kajurus, Moros, Mandettas, Santos Cruzes e mais uma infinidade de agentes da velha política para tentar denegrir, atrapalhar e até mesmo destituir o presidente, pois este foi a prova de que se o povo ainda tem o mínimo de patriotismo e dignidade, chega um momento em que ele mesmo resolve romper com o sistema.
Lembre-se disso: O maior medo de um político tradicional não é um outro político como adversário. É o levantar do povo! Este tem sido o medo da velha política. Bolsonaro não tem STF, não tem sindicatos, não tem Congresso e nem Senado. Ele tem o povo. Este sim, se soubesse o poder que possui, não sobraria pedra sobre pedra da velha política.
Davidson Oliveira, para Vida Destra, 15/04/2021.
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Crédito da Imagem: Luiz Augusto @LuizJacoby
Neste brilhante artigo de @ProfessorDavi16 em que indaga se Bolsonaro é um outsider, posso dizer, com certeza, que não! Nem tampouco populista, como foi Getúlio Vargas, mas um Presidente que conseguiu ser extremamente popular, apesar das narrativas da mídia televisa e impressa.
Excelente artigo. Parabéns, Davidson!