Destrinchando – Como ser um conservador – 26

Nesta série de artigos, sempre publicados às quintas-feiras, analisaremos a obra: Como ser um conservador, do filósofo e escritor inglês Roger Vernon Scruton, que faleceu em 12 de Janeiro de 2020. Acesse o sumário neste link, não se esqueça de colocar o mesmo nos seus favoritos. Lembrando que os títulos e subtítulos podem não ser iguais aos existentes no livro. Sem mais delongas, aproveitem!

Compaixão e doação

Nos dois últimos artigos, falamos sobre a caridade e justiça e também sobre a justiça social na educação. Algo que devemos ter em mente, é que rejeitar o raciocino de soma zero e o conceito de justiça social não significa que teremos que aceitar a desigualdade em sua forma atual.

Há sim, como questionarmos a ideia de justiça social, sem acreditarmos que todas as desigualdades são justas. Debates geram ideias. Ideias geram ações.

Desigualdades geram ressentimentos, e ressentimentos devem ser superados, caso exista harmonia social.

Pessoas afortunadas podem estar cientes dessa situação acima, e aliadas ao desejo íntimo em ajudar, podem destinar parte dos seus recursos para ajudar outras pessoas, seja doando para a caridade, seja criando projetos ou ONGs e, de forma apropriada, é uma forma de demonstração de compaixão pelos menos afortunados.

Outra forma de demonstração de compaixão pelos menos afortunados, seria a criação de empresas e projetos que gerem empregos, permitindo que outras pessoas sejam beneficiadas direta e indiretamente. Isso acontece geralmente nos Estados Unidos, onde os desfavorecidos economicamente, ficam contentes com a fortuna e prosperidade dos demais, acreditando que podem compartilhar dessa mesma prosperidade.

Nos países europeus não é normal que as pessoas fiquem satisfeitas com a prosperidade e fortuna das outras. O receio de mostrar a riqueza, força e sucesso vem por medo da agressão que tal exibição possa atrair.

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Nunes, para Vida Destra, 01/07/2021
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