Bolsonaro se elegeu pelo PSL, mas logo compreendeu que esse partido também não representava os valores que ele defendia e, por isso, criou o ALIANÇA PELO BRASIL – APL, em Novembro de 2019.
O APL surgiu como uma sigla conservadora, cujos valores são assim definidos:
“Com base na verdade, na transparência, na ética e sob a liderança de Jair Bolsonaro, vamos construir juntos, com coragem, patriotismo e conservadorismo, um movimento que marcará para sempre a política nacional e será uma trincheira na defesa dos valores judaico-cristãos, da soberania nacional, da democracia e do empreendedorismo como mola propulsora da nossa economia.”
Aparentemente, o APL inaugurou uma nova fase nas exigências para fundação partidária, com a obrigatoriedade de assinaturas com firma reconhecida em cartório. Se essa é uma forma de facilitar o necessário processo de verificação de apoiadores a fim de se evitar fraudes, é também uma maneira de dificultar o processo de formalização de apoio, pois cria uma burocracia trabalhosa e onerosa para os interessados. Apesar disso, a etapa de número mínimo de apoiadores foi vencida com relativa facilidade, mas será preciso um bom tempo até que o APL se torne um partido político, mesmo considerando o grande apoio popular que recebeu desde que foi anunciado. O tempo entre o lançamento da nova sigla e sua efetivação foi extremamente curto e, por isso, o partido ficará de fora das eleições Municipais de 2020, caso não sejam adiadas em função da pandemia.
Assim, o Presidente Bolsonaro não está vinculado e nenhum partido político e nem se sabe ainda quantos deputados e senadores migrarão para o APL após sua efetivação. Na verdade, ainda não se sabe quem realmente o apóia.
Enfim, o APL é um partido de Direita. Apesar de 15 dos 32 partidos existentes serem definidos como de Direita, muitos desses se declaram de centro e não de direita. Na prática, há pouquíssimos partidos de Direita que realmente defendam o pensamento conservador nos costumes e liberal na economia, como é o caso do APL. O DEM sempre foi considerado um partido de Direita e deveria apoiar Bolsonaro, mas não é isso que acontece, pois tem aspirações próprias que são muito menos ideológicas que de poder. Veremos o porquê.
Durante sua campanha, Bolsonaro fez poucas promessas, além de se comprometer com o patriotismo, a honestidade, defesa dos valores democráticos e a formação de uma equipe essencialmente técnica nos Ministérios. Até agora, ele tem cumprido fielmente os compromissos que assumiu.
Como era de se esperar, tão logo o atual governo começou a atuar, as críticas – quase sempre descabidas e de baixo nível – surgiram. Os opositores e ressentidos, muitos sofrendo de evidente síndrome de abstinência por cargos e dinheiro fácil, contando com o apoio de uma imprensa igualmente carente dos recursos fartos da corrupção institucionalizada pelo lulopetismo, passaram a atacar toda e qualquer ação do governo, na figura de seu Presidente, Ministros, aliados e até mesmo parentes, num jogo rasteiro e vil.
A todo o momento os ataques surgiram. Praticamente não se passou um único dia, desde a posse, em que a imprensa não tivesse revelado a existência de alguma crise entre Bolsonaro e seus aliados e colaboradores diretos. Foram ataques pessoais à honra e dignidade dos atingidos, na maioria das vezes com base em suposições, notícias falsas, deturpações e fofocas. Temos assistido, entre perplexos e indignados, à maior campanha midiática que já se fez contra um Presidente e sua equipe, na qual a ética jornalística, a isenção e qualquer compromisso com a verdade foram sistematicamente sacrificados no altar dos mais escusos interesses, tornando evidente que não haverá limites para isso e cujo principal objetivo é derrubar um Presidente democraticamente eleito. Puro golpismo, festejado por opositores, ressentidos e traidores que se elegeram surfando na onda bolsonarista que lavou a alma da população.
Vimos isso acontecer com Moro, um nome cujo prestígio é quase unanimidade nacional, ao ser falsamente acusado por verdadeiros criminosos, sob intensa e parcial cobertura da imprensa. Vimos acontecer com Damaris, atacada e ridicularizada por suas convicções religiosas. Vimos Ricardo Salles ser brutalmente hostilizado com base em dados deturpados. Vimos também o Ministro Weintraub ser sistematicamente atacado pelos adoradores de Paulo Freire. Assistimos recentemente algo parecido acontecer com Regina Duarte, fato de deixou em dúvida até quem apoiou a indicação dela para a Cultura. Mas não parou por aí, pois o nome em evidência agora é Mandetta, só que de maneira invertida, como veremos adiante.
Enfim, a impressão que se tem é que cada pessoa ligada a Bolsonaro, seja Ministro, filhos e mesmo a Primeira Dama, estão com os nomes agendados numa pauta perversa para serem enxovalhados midiaticamente, numa demonstração clara e inequívoca de que não serão poupados esforços para desestabilizar emocionalmente membros do governo, valendo-se das táticas mais mesquinhas e indecorosas de que se tem notícia. Para esses canalhas, o importante é que a palavra crise esteja em evidência.
Entretanto, o nome em evidência agora é de Mandetta, Ministro da Saúde. E não porque o atacam, mas simplesmente porque, em tempos de pandemia, ele pode ser usado para revelar a existência de uma nova crise de alinhamento entre o Presidente e seus Ministros. Explico:
Mandetta é um técnico. Formado em medicina, com especialização em ortopedia, é também um político, tendo sido Deputado Federal, vinculado ao DEM, o mesmo partido de Maia, Alcolumbre e de Caiado, que recentemente se colocou em oposição a Bolsonaro, mirando o Planalto em 2022. Como técnico, Mandetta manifestou discordância da recomendação presidencial em favor do confinamento vertical, tema que já abordei em artigo anterior para o Vida Destra ( https://vidadestra.org/o-mal-maior/ ). Aliás, peço encarecidamente que leiam esse artigo, que é uma denúncia séria quanto à estratégia suja que a esquerda e os corruptos estão usando no afã de derrubar Bolsonaro.
A questão é controvertida, sem dúvida. Apesar disso, e de estar fazendo um bom trabalho nessa época de pandemia, a manifestação pública de divergência de Mandetta foi inoportuna. Bastou isso para que Caiado passasse a dizer que a política de combate à pandemia deveria ser centralizada, unificando esforços federais, estaduais e municipais. É uma proposta sensata. Mas por que somente a fez agora? Essa mudança de postura de Caiado contraria o que ele – e não apenas ele, mas diversos governadores, dentre os quais João Dória e Witzel – tem feito em Goiás: procedimentos que alimentam a paranóia que grassa o país, com ações e decretos que beiram ao autoritarismo, em nome da “saúde pública e bem estar da população”. E aqui fica evidente que o vínculo partidário de Mandetta com o DEM fala mais alto. Sim, é lógico supor que se Caiado aspira à presidência, a ele não interessa enfrentar um candidato com amplo apoio popular como Bolsonaro. Portanto, tal como Maia, Alcolumbre e aliados de ocasião como Dória e Witzel, minar a popularidade de Bolsonaro se torna uma estratégia interessante aos objetivos pessoais e partidários dele. Isso é evidente? Para mim, é.
Os principais políticos postulantes às eleições de 2022 estão deixando as máscaras caírem cedo demais, na minha forma de ver; estão atuando como meros oportunistas que mudam de posição ao sabor das conveniências. Caiado, além de político, é médico como Mandetta. Ele se vale desse conhecimento técnico para ditar regras nesta pandemia que possam lhe granjear notoriedade e reconhecimento nacional como um paladino da saúde pública, diante de uma crise que a todos apavora, mesmo que, para isso, seja visto por muitos apenas como um traidor, tal como Doria, Witzel, Joice, Frota e Janaína.
Portanto, caros leitores, Mandetta é a bola da vez. Só que invertida, pois nele não interessa à imprensa, aos opositores e aos oportunistas políticos bater. Afinal, se ele defende um confinamento horizontal e isso contraria uma proposta presidencial, o Ministro se torna oportunamente um nome a ser apoiado, ainda que por trás disso haja evidentes interesses políticos – pessoais e partidários – e que tal divergência sirva ao propósito de minar a popularidade de Bolsonaro, ainda que o tempo acabe por evidenciar que o confinamento horizontal é um mal maior que não poderá ser mantido indefinidamente, como o Presidente tem afirmado.
Laerte A. Ferraz, para Vida Destra, 04/04/2.020.
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Concordo plenamente com a matéria. Bolsonaro, agora, está entre a cruz e a caldeirinha. Mesmo,outros renomados médico, contradizendo o que Mandetta fala, ninguém está dando ouvidos, transformando assim, no que ele diz, como uma verdade absoluta
testetestes
Grato pelo comentário.
Veja o dossiê do Mandetta, feito pelo Kim Paim no you tube, dá pra saber quem é ele e sua família de políticos autoritários, só tem a cara de santo!!
Olá, Teca, exatamente. Eu vi esse vídeo do Kim, e tudo se encaixa com que tenho observado do Mandetta. No início achei q ele estava indo muito bem, até elogiei. Depois comecei a ver as incoerências: primeiro ele diz que tudo é baseado em ciência, no que a ciência mandar, repete isso a todo momento. O problema é q a ciência pouco sabe sobre esse vírus e a doença q ele causa. O próprio Mandetta criticou quem comparou a atual situação com a crise do H1N1, dizendo este vírus de agora é totalmente novo e diferente. Ele criticou as redes sociais por espalhar fake news, mas sobre a imprensa disse q esta quer a melhor solução, q esta e os políticos querem o mesmo caminho q todos nós, ou seja, q tudo fique bem. Enquanto q nós sabemos q muitos políticos e a imprensa querem q tudo termine muito mal, inclusive na economia, para poderem culpar Bolsonaro.
Muito bom, Laerte! Espero q muitos abram os olhos. Quanto mais tempo passar, mas o estrago será feito. Um grande abraço!
Grato, Gogol. Abraços.
O oportunismo em muitos que surfaram na onda Bolsonaro, realmente, foram bem habilidosos em enganar, mesmo alguns, que nem políticos eram até então. Com essa crise do vírus chinês,que pela história dele foi fabricado já a algum tempo, penso que, exatamente para causar o que vêm causando, DESESTABILIZAÇÃO, MEDO e CONTROLE, e, têm conseguido com exito, pois, as pessoas principalmente no Brasil, não estão acostumadas de forma madura a lidar com crises, de certa forma, a psicologia de vida atual é criar pessoas frágeis para serem manipuladas, o Ministro Mandetta do DEM, vem sendo uma pessoa muito astuciosa de forma politica em conduzir esse Ministério da Saúde, está se sentindo mais um presidente da republica dentre os outros 26 (governadores) , pois, acha que é o deus da sabedoria sobre pandemia, sendo que apesar de medico ortopedista, não têm experiência em pandemia, não sabe como agir para conciliar crise sanitária com crise econômica, e isso vai ajudar a destruir o país como vêm dizendo, PR Bolsonaro e Ministro Paulo Guedes, não há equilibrio nessas falas e atitudes do Mandetta, está colaborando com a quebra do país, penso que de forma combinada com seus pares, com o intuito de facilitar o PCC a comprar a preço de banana os espólios que ainda conseguirem depois da quebra, isso é muito grave a meu ver, penso, que o PR Bolsonaro deveria consultar os advogados competentes e tomar uma atitude antes do fim, o povo ele já têm com ele.
Bem isso
Bem isso mesmo.
Perfeito, Wania! E o q é mais preocupante é que muitos ainda não perceberam o perigo à soberania de cada país. Obedecem cegamente às regras globalistas da OMS, como se cada país não fosse competente para tomar suas próprias decisões. E ai daquele que for por outro caminho, mesmo q tenha melhores resultados, é crítica em cima de crítica daqueles demônios velhos conhecidos: mídia podre e oportunistas. É uma porta aberta para o direito mundial, ou seja, leis globalistas que atropelam a soberania dos países. Temos que abrir os olhos e fechar imediatamente essa porta.