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A QUEM INTERESSA QUE AS ESCOLAS NÃO VOLTEM AO NORMAL?

A pandemia do Covid 19 realmente veio para entrar para a história como um capítulo negro. Neste texto queremos tratar do problema do retorno às aulas após a onda do vírus proveniente da China.

Podemos observar uma dupla via de interesses, visto que a grande maioria da sociedade apoia o retorno ás aulas presenciais, tendo em vista a queda do número de infectados e de óbitos causados pelo Corona Vírus, enquanto algumas classes, sobretudo associações de professores e sindicatos, parecem querer viver uma eterna pandemia, transformando-a num pretexto para férias estendidas.

Evidentemente um grande número de professores tem se dedicado, quase em tempo integral, no atendimento aos alunos de forma remota, como é meu caso. Porém, sabemos que o jogo político que envolve a classe dos professores tem sido um grande entrave. Sindicatos, naturalmente envolvidos até o pescoço com partidos políticos de esquerda, procuram se juntar aos políticos que propagam a agenda do caos para desestabilizar o setor da educação.

A opinião pública acaba ficando refém das informações deturpadas, como por exemplo a própria OMS admitindo que as escolas não são locais que demonstram propagação do vírus: “OMS, Unicef e Unesco apelam aos governos para que coloquem a abertura de escolas, e não bares e eventos de massa, como prioridade. Segundo as entidades, não existem evidências suficientes ainda para declarar que foi a reabertura de escolas que agravou a transmissão da covid-19 em uma comunidade, desde que as medidas de proteção e de saúde forem adotadas. A constatação faz parte do novo guia publicado nesta segunda-feira pela OMS, Unesco e pela Unicef sobre a retomada das aulas e o papel do sistema de ensino em meio a uma pandemia.”

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2020/09/14/oms-com-medidas-adequadas-reabertura-de-escolas-nao-agravou-pandemia.htm?cmpid=copiaecola

Definitivamente a OMS não convence nem passa qualquer tipo de confiabilidade em suas publicações e declarações de seus despreparados líderes, como o seu presidente Tedros Adhanom, que não carrega em seu currículo nada mais significativo do que o cargo de ex-ministro da saúde na Etiópia, que não é, nem de longe, uma referência em saúde no mundo. Mas, por ser uma agência que tem voz ativa, sobretudo para governos e partidos alinhados ao globalismo, ela acaba sendo norteadora de decisões de sindicatos e partidos de esquerda. Pensando nisso, depois de ver a OMS recomendar a volta as aulas presenciais, qual será o empecilho? Por que os sindicatos e associações de professores não querem voltar as aulas? Será que professores são mais importantes que os profissionais de saúde, da linha de frente no combate ao Covid19? Será que professores estão esperando um sinal cósmico para a reabertura das escolas?

Bem diz Paulo Polzonoff Jr., em matéria publicada na Gazeta do Povo, na coluna de Rodrigo Constantino:

“Professores são indivíduos, cada qual com suas idiossincrasias, talentos, histórias de superação, frustrações, tragédias pessoais, anseios. Seres complexos. Quando se juntam numa corporação, contudo, eles perdem essa individualidade (uma individualidade que muitas vezes lhes é autoritariamente tirada) para se transformar em “classe”. Este é um texto sobre os professores enquanto classe, não enquanto indivíduos. Até porque, em se tratando de professores, está mais do que claro que os bons também se tornaram reféns do Espírito de Corpo.” (Grifo meu)

Exatamente isso que leva a classe a ser massa de manobra da esquerda, o corporativismo político. Antônio Gramsci (1891-1937) não viveu para ver a tomada das escolas brasileiras, sendo este um claro sinal do sucesso de sua teoria. Os sindicatos controlam a profissão de professor e, no caso da retomada das aulas, eles têm uma boa ferramenta de implantação do caos, que tem sido uma estratégia global da esquerda. Veja os casos, por exemplo, das campanhas de ONGs mundo a fora dizendo que o governo brasileiro está queimando a Amazônia e o Pantanal. As acusações de genocídio feitas por Gilmar Mendes ao Presidente Bolsonaro, a politização do uso da hidroxicloroquina. Ao ataques dos terroristas “Antifas” e “Black Lives Matter”, os constantes ataques desesperados de empresas de fundo de quintal que produzem até cabeças de líderes mundiais considerados fascistas, genocidas e facínoras. Toda brecha para causar desestabilização da economia, da política e dos serviços públicos serão usadas para causar a desordem. A esquerda se acostumou, ao longo da história, a vencer os embates na base da confusão social. Qualquer ideologia que necessite do caos mostra sinais de que não podem sobreviver em democracias.

Mas o que pode fazer os professores a quererem retornar ao trabalho? A resposta é política. Sabemos, como já informei em artigo anterior, que a educação brasileira está em vias de se libertar do domínio total da esquerda, mas ainda jaz nas mãos dos partidos e sindicatos. O fato de termos sido governados pelo PT durante 14 anos levou ao aparelhamento total, sobretudo do MEC. Os sindicatos ganharam poderes e influência tão grandes quanto de partidos políticos. Até muito pouco tempo existia o famigerado imposto sindical compulsório, que tirava o valor de um dia de trabalho de cada professor para contribuição com os supostos defensores da classe. Em Minas Gerais a última presidente do Sind-Ute MG (Sindicato Único do Trabalhadores em Educação de Minas Gerais) Beatriz Cerqueira se elegeu deputada estadual, imagine por qual partido? Pelo PT. Ela foi ativista político-religiosa, presidente da Central Única dos trabalhadores de Minas Gerais e agora colhe os frutos da militância marxista como deputada estadual pelo Estado.

Por este exemplo, e por muitos outros, percebemos para que servem sindicatos e por que, mesmo depois da extinção da lei da contribuição sindical compulsória, ainda possuem tanto poder e tantos militantes adeptos. Portanto a resposta da pergunta do título pode ser respondida a partir da compreensão do poder dos sindicatos e do aparelhamento dos mesmos frente aos professores e associações. O fato é que a pandemia, que ao meu ver foi o maior experimento político-social depois da revolução chinesa, não é mais suficiente para deixar escolas fechadas. Resta saber quem tem o poder de reabri-las: Os sindicatos ou os governos da União, Estados e Municípios.

Prof. Davidson Oliveira

Sigam-me no Twitter! Vamos debater meu artigo! @ProfessorDavi16

6 COMMENTS

  1. Parabéns pelo excelente artigo!
    A esquerda politizou tudo em nosso país! Espero que os profissionais da Educação voltem logo ao trabalho presencial!

  2. Num excelente art. de @professordavi16 s/interesse de Sindicatos perpetuarem o fechamento de escolas,só enxergo uma alternativa,Bolsonaro tomar medidas drásticas como intervenção federal. Claro que, ouvidos o Min. Saúde e o MEC. O estrago do ano letivo já foi grande demais!

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Professor de Educação básica-ensino fundamental, séries iniciais. Pós graduado em Orientação Escolar, Supervisão Escolar e Psicopedagogia pela Faculdade Castelo Branco-NUPOEX-Colatina-ES. Autor dos livros “Reflexões Sobre Educação e Controle Social”, “Professores do Acaso” e “ A Farsa Paulo Freire e a Decadência da Educação Brasileira”.