A última semana foi um verdadeiro circo de horrores, que tem levado governadores de estado a declarar publicamente seu rompimento com o governo federal, tendo como plano de fundo a crise de saúde COVID-19. Declarações estapafúrdias, cartas de socorro a governos estrangeiros à revelia do governo federal, reuniões de governadores para se rebelarem em motim e outras atrocidades políticas que fazem o AI-5 parecer coisa de criança. O AI-5, pelo menos, foi assinado e publicado em Diário Oficial da União.
O pior é a mídia insistir, diariamente, em “plantar” crises e dissenções internas no Executivo, como nos casos: “o Presidente desautorizou o Ministro da Saúde quando, apesar de determinado o isolamento social, ele foi à rua conversar com populares, gerando aglomeração”. Este caso é bem sintomático, porque não foi decretado estado de sítio e o direito de ir e vir não foi cerceado; ainda, o isolamento social não significa cárcere privado ou quarentena de isolamento forçado. Mas fica a pergunta: as pessoas podem andar e falar com quem quiserem, então? Onde está o erro? Vamos começar a analisar o tema.
[..] A Psicopolítica é a arte (ciência) de estabelecer e manter o domínio sobre os pensamentos e a lealdade dos indivíduos, colaboradores, organizações, e da opinião ¨publicada¨ e realizar a conquista da nação por meio do saneamento mental […] (Cesar Hidalgo)
A psicopolítica tem sua base científica em Pavlov e em outros cientistas russos, com a finalidade de doutrinar as pessoas por meio da repetição de informações, diariamente, mais de uma vez ao dia, por diversos meios e assim criar sensações. No caso em questão, a tentativa de forjar uma crise no governo, que definitivamente não existe.
Vamos explorar este fato citado: a palavra de efeito “chiclete” (que “cola”) é “DESAUTORIZA”, ou seja, vem carregada de informações que reforçam a ideia de crise. Essa generalização de cisão, criada pelo verbo “desautorizar” apaga toda e qualquer verdade que estiver contida no ato.
O Presidente, como Líder da Nação, tem que ouvir a sua população in loco, tem que sentir como está o povo. Isso não é populismo, é a intervenção do bom Líder em tempos de crise, ele vai à frente e mostra que está do lado do brasileiro mais desassistido, em última análise é uma mensagem de ESPERANÇA.
Portanto, o objetivo do conflito “DESAUTORIZAR x ESPERANÇA” fica claro e desnudo: o ataque não é ao direito de ir e vir do cidadão, mas sim ao direito de governar do Presidente eleito.
Em 31 de março de 2.020 o Presidente da República fez um pronunciamento em cadeia nacional, exortando todos os brasileiros e todas as autoridades, nas esferas federal, estadual e municipal, a se unirem nas ações combate à COVID-19, repetindo a mensagem que destacamos acima: um fato positivo e de ESPERANÇA.
Imediatamente após o pronunciamento, 20:43, uma matéria no Jornal Nacional ilumina apenas que o Presidente MENTIU ao distorcer as palavras de orientação de Tedros, Representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), no que se refere a permanecer em quarentena. No entanto, Tedros afirmara que as pessoas precisam trabalhar e que os governos têm que resolver como ampará-los.
A interpretação do Presidente foi a de que o Estado tem que amparar os trabalhadores e garantir trabalho a quem tem que trabalhar, a interpretação da mídia foi a de que Tedros determinou a quarentena e que os governos pagassem as pessoas em casa.
Dessa vez foram mais longe, colocaram legendas no que foi dito por Tedros e por Bolsonaro e ousaram dar a “interpretação oficial” ou seja, uma patrulha do pensamento, um cerceamento do livre arbítrio e da interpretação livre das situações da vida. Mais uma vez MENTIRA x ESPERANÇA, o ataque não visa informar ou esclarecer acerca do combate à crise COVID-19, visa minar o direito de governar do Presidente eleito.
A psicopolítica vem atuando na padronização do pensamento por meio das mensagens da mídia mainstream que , como apresentado, qualquer ideia que o Presidente apresente, não é dada a devida atenção aos detalhes positivos, mas sim, a tudo de negativo, nem que seja necessário forjar uma viés de interpretação essencialmente negativo de realizações marcantemente positivas.
Uma crise política se caracteriza por uma mudança brusca ou uma alteração importante no desenvolvimento de um evento. Para que uma crise se caracterize em um governo é necessário que ela apresente indicadores negativos que impactem em um dos campos do poder: militar, psicossocial, ciência e tecnologia, economia ou política. Entenda-se política como relações institucionais e relações exteriores, nada tem a ver com politicagem, “disse me disse” e boatos de corredores.
O que se pode afirmar é que temos uma crise de saúde, com mais de 6.000 infectados e mais de 200 mortes em cerca de 35 dias desde que foi detectada a primeira pessoa contagiada. As crises políticas são criadas ou infladas no intuito único de minar o direito à governabilidade federal.
A psicopolítica tende a funcionar do Brasil porque o que se vê é uma conjunção de informações desencontradas que formam uma histeria coletiva em torno de uma imputada “ineficiência governamental”, apesar de todos os fatos indicarem o contrário. Como, por exemplo, o empenho de mais de 600 bilhões de reais para socorrer estados e municípios.
Apesar de ser a 8ª economia mundial (2018), o Brasil ocupa a 57ª posição no exame educacional internacional (PISA), acumulando uma década de estagnação, ou seja, sem melhoria real. Após tantos anos de sucateamento da educação, a aposta dos operadores da psicopolítica é a de que os brasileiros não leem nada além dos títulos de matérias ou livros, é fato que mais de 44% dos brasileiros não lê mais que um livro por ano.
Assim, o brasileiro médio, se informa por não mais que 5 linhas (blogs) ou 280 caracteres (twitter), e baseado em suas crenças e nos vieses de confirmação que as palavras apresentam, ele tende a realizar um julgamento apressado, considerando-se um especialista no assunto. Como consequência, cobram das autoridades uma tomada de decisão tão rápida quanto a deles, baseadas em argumentos com a profundidade de “um dedo de água”.
Vamos ver como se cria uma crise com base na psicopolítica:
Passo 1: os perfis de políticos de esquerda estamparam comentários falando que o governo é ineficiente no combate ao COVID-19, que não há liderança e que essa crise ocasionará desemprego, perda de salários e de direitos.
Passo 2: os perfis de “jornaleiros” apoiam a #fiqueemcasa e que a comunicação do governo está atrapalhando a seriedade das informações e há muitas divergências entre o Presidente e seus ministros e entre ele e os demais poderes, Judiciário e Legislativo, logo, o governo é ineficiente no combate ao COVID-19, não há liderança.
Passo 3: os perfis de mídia independente, com viés de esquerda, dizem que os filhos do presidente o atrapalham demais e chama uma família de senadores, deputados e presidente de “clã” – o que dá ideia de algo primitivo ou tribal. Afirmam que a família está atrapalhando a governabilidade e que o governo é ineficiente no combate ao COVID-19, repetindo “não há liderança”.
Passo 4: os perfis de robôs do Twitter e outras mídias sociais, normalmente contas que possuem menos de 200 seguidores, criadas em 2009-10, 2013-14 ou 2017-18 (anos de eleição presidencial e seu imediatamente anterior), se revezam em suas narrativas, apoiando o governo e se dizendo arrependido e que não esperava ter elegido um o governo é ineficiente no combate ao COVID-19, e repetem “não há liderança”; ou atacando por meio de xingamentos, humilhações, acusações de genocídio, misoginia, homofobia, nazismo, fascismo e até ameaças de morte e assassinatos, reforçando que o governo é ineficiente no combate ao COVID-19, novamente “não há liderança”.
Assim, se forja uma crise inexistente!
O aparelho sistêmico operador da psicopolítica, sem nenhuma ética ou moral respeitável pela sociedade brasileira, tentam empurrar a narrativa para que todos tenham o mesmo sentimento, de que algo está errado e precisa ser mudado, ou seja, é a preparação para o saneamento mental necessário para manter o controle dos pensamentos das massas.
Todas as vitórias e mudanças, promovidas pelo governo em 40 dias de combate ao COVID-19, passam despercebidas por meio de uma desinformação realizada com notícias reinterpretadas, parcialmente verdadeiras ou falsas, com o intuito de gerar insegurança e medo, como parte da pavimentação da estrada para a retomada do poder.
No mundo militar, tal nível de planejamento é realizado pelas Operações Psicológicas que aqui estão utilizando objetivos divisivos, ou seja, que tentam quebrar a unidade do Poder Executivo. A desinformação, aliada à repetição, são a marca do profissionalismo que está por trás dessas ações, nada, absolutamente nada, é por acaso quando se trata de psicopolítica.
Para se contrapor é necessário que cada brasileiro se mantenha informado com boas fontes e com crítica, e que observem atentamente os discursos de todos os lados, antes de eleger o mais correto.
É necessário buscar a informação em várias dessas boas fontes e realmente olhar o cenário nacional com uma visão comparativa entre o que se vê nas ruas, na sociedade, no dia a dia, com as matérias publicadas nos sites do governo, na grande mídia, nas mídias independentes e nas mídias sociais, interpretando os comentários para saber o que realmente as pessoas estão pensando sobre aquele assunto.
[…] O único objetivo da mídia brasileira é manter o governo Bolsonaro em crise permanente, tornar o Brasil ingovernável […] (Olavo de Carvalho)
Clynson Oliveira, para Vida Destra, 2/4/2.020.
Sigam-me no Twitter! Vamos conversar sobre o assunto! @ClynsonOliveira
- Karol Com 99,3%K - 5 de março de 2021
- Amazônia em Chagas - 19 de fevereiro de 2021
- Imunização Já! - 12 de fevereiro de 2021
ótimo texto. está difícil convencer os que embarcaram na onda histérica do pânico forjado de que esta situação é mais do que um vírus. dentro da caverna do medo não enxergam o politicovírus nem o mídiavírus.
Muito bom seu texto. Narrativa clara, sem artifícios vocabulares, verdadeira. Pena que não seja lida por grande parte do povo. Meus cumprimentos!!
???????
Muito importante e pertinente seu post de hoje, aliás, como outros que li, sempre com clareza e verdade.
Excelente artigo! Parabéns!