Nunca, em meus 54 anos de vida, havia visto um Governo começar com tanta histeria e má vontade por parte da maioria da imprensa, até chegar às falsidades e ataques à vida íntima, como está acontecendo.
Nas redes sociais tenho alertado, constantemente, para as técnicas que essas pessoas usam:
DEZINFORMATSIYA: Estratégia nascida na extinta URSS. A desinformação é a falsa informação, espalhada deliberadamente, de forma dolosa, para enganar a opinião pública e causar confusão, caos, cizânia e divisões em adversários ou grupos deles. O termo foi cunhado por Josef Stalin, buscando inclusive um nome de sonoridade francesa, para encobrir sua origem e para poder alegar, em momento oportuno, que sua criação se dera no Ocidente. Entretanto, “dezinformatsiya” é verbete da “Grande Enciclopédia Soviética” (1952), tendo sido definida ali como “a informação falsa, com a intenção de enganar a opinião pública”.
Pois bem.
Partidos de esquerda vem abusando disso há décadas. Curioso é ver a imprensa o fazer, também.
Tomo como exemplo a suposta “dissensão” entre Bolsonaro e Moro, e a histeria que se seguiu a tão estupenda e infundada notícia.
Procurei rastrear de onde veio isso.
O primeiro ataque parece ter vindo desse jornalista, Leandro Aguiar, em “Opinião e Notícia” de 02 de agosto do corrente ano. O referido profissional escreve, também, para a revista Piauí. Seus posicionamentos são claramente antigoverno, tendo escrito em outros artigos, por exemplo, que há “estagnação da economia”. Só porque ele quer…
Neste artigo, o pseudo-jornalista (que a mim, parece mais um militante em ambiente virtual), diz que Lula “profetizou” que Moro “sucumbiria” às pressões de Brasília, que Moro somente permanecia no cargo “por vontade de Bolsonaro”, aponta “atritos” de Moro com Congressistas (mas só nomeia um deles, Rodrigo Maia – por que será que isso não me surpreende?), e que havia “pressões de todos os lados” contra Moro e enaltece os vazamentos (criminosos) do The Intercept. Curiosamente, esse é o discurso da esquerda: essa linha imaginária de que “o governo (e seus participantes) “estão isolados”. Mas, na vida real, não é o que se vê. Tanto Moro quanto Bolsonaro gozam de amplo apoio da maioria que elegeu o Presidente da República. Basta olhar uma postagem de Moro na internet, par ver que dezenas de milhares de pessoas o endossam e o admiram, com entusiasmo.
Após essa notícia, outra jornalista, egressa da Folha de São Paulo (fora correspondente em Nova York) e que hodiernamente escreve para a mesma revista Piauí (onde Leandro também escreve, destaque-se), Thaís Bilenky, publicou uma matéria com o título “Congresso abana o fogo entre Moro e Bolsonaro”.
A jornalista, também em tom claramente antigoverno, menciona o deputado Paulinho da Força, que estaria se regozijando com um eventual atrito entre Bolsonaro e Moro, e para sustentar essa afirmação, aponta dois eventos:
- A retirada do nome indicado por Moro para presidência do CADE, por Bolsonaro;
- A substituição, por Bolsonaro, do presidente do COAF, que também fora indicado por Moro.
Bom, efetivamente o CADE tem vagas a serem preenchidas. Bolsonaro tem estudado cuidadosamente os nomes que irá indicar, pois precisa de fidedignidade do órgão.
Quanto à questão do COAF, resolveu-se muito a contento de todos: o órgão foi redesenhado, e inserido na estrutura do Banco Central. Essa foi uma cartada de mestre: o BC é uma autarquia que age com bastante independência. Com essa transferência, o COAF foi retirado da cena de discussão política, ficando bem mais “blindado”. Inclusive contra as ingerências do STF, que bloqueou investigações que estavam sendo promovidas pelo órgão, enquanto integrante do Poder Executivo.
Entretanto, essa movimentação dos dois jornalistas sinistrófilos gerou boatos. E esses boatos foram ansiosamente encampados pela imprensa. Outros profissionais, como Eliane Cantanhede (sem surpresa alguma), Diogo Mainardi (alguma surpresa, não muita) e José Nêumane Pinto (surpresa, para mim) repercutiram o suposto “atrito” entre Bolsonaro e Moro. Todos eles cassandras, foram açodados em prever o desgaste entre o Ministro e o Presidente, bem como a queda de popularidade de Moro e de Bolsonaro, caso a parceria fosse desfeita. Faz-me até crer que desejem isso.
Porém, o Ministro continua firme e forte no cargo e, objetivamente, Bolsonaro não dá nenhuma indicação de que pretenda retirar Sérgio Moro do Ministério da Justiça. As precipitadas suposições não se confirmaram, e nem vão. Em sentido contrário ao propalado pelos jornalistas, as operações da Polícia Federal, desdobramentos da Lavajato e demais, continuarem em frente, atingindo inclusive Pimentel, ex-governador de Minas Gerais, e outros integrantes do PT (surpresa NENHUMA). No campo do Judiciário, Haddad foi condenado por Caixa 2, e logo mais Mantega também o deve ser. Os arautos da desgraça foram, mesmo, muito atabalhoados.
Como novamente se avizinhava um furo n’água dessa malfadada iniciativa de uma má imprensa, cavar e aprofundar um atrito que não existe, senão nas mentes dos Congressistas que querem ver Moro longe, tivemos ainda o episódio, lamentável e reprovável, da revista Veja, em ataques vis à pessoa da Primeira Dama. Aliás, o caso todo é tão repugnante, que suponho que essa revista não seja mais um veículo de imprensa, mas tão somente um panfleto de militância pestilenta. Merece todo nosso repúdio.
Ao fim, uma coisa boa emergiu desses acontecimentos todos: enquanto boa parte da mídia se ocupava dessas fofocas de 5ª categoria, a agenda econômica do Governo, a agenda da Educação e as obras de Infraestrutura avançaram bastante. Uma jogada de Ronaldinho Gaúcho: olha para a direita e joga a bola para a esquerda.
Ainda haverá muitos desses vis, orquestrados, sub-reptícios ataques ao Governo, o que fez muitos de meus amigos comentarem: “serão longos esses 4 anos”. Eu não creio. A partir do momento em que as agendas Econômica e de Infraestrutura começarem a dar resultados, o bem-estar social começa a aumentar. Aliás, claríssimo que esse é o grande medo da esquerda: que este Governo dê certo, e eles realmente estão se esforçando ao máximo para impedir isso. Sem êxito nenhum, até agora.
É importante, contudo, que apoiemos essas agendas. Ir às ruas no dia 25 de agosto próximo é um passo muito importante. Escrever para seus Senadores, a respeito do grupo #MudaSenado, e também a respeito dos vetos vindouros à absurda Lei de Abuso de Autoridade, é outro passo. Pleitear impeachment dos Ministros do STF que estão claramente contra a agenda anticorrupção, ainda mais um. O povo brasileiro está mais antenado em política que nunca, e é muito proveitosa essa tomada de conhecimento que está florescendo. Estou sempre no Twitter, me sigam por lá, @FabioTalhari.
Um grande abraço!
Fábio mais uma vez escrevendo um belíssimo texto e mostrando a realidade
Muito obrigado, Nunes!
Meus Parabéns por um texto tão realista!!!
Bom dia! E muito obrigado, Rogério! A linha editorial que estamos adotando na revista vai ser essa: linguagem culta, sem perder a acessibilidade, elegância ao escrever, sem ofensas diretas ou palavras chulas, os comentários podem ser sardônicos, sarcásticos, até perturbadores, mas sempre com fundamento lógico e fático, e bastante interação com nossos leitores, até em busca de novas pautas! Estamos sempre à disposição para bater um papo!