Nesta série de artigos, sempre publicados às quintas-feiras, analisaremos a obra: Como ser um conservador, do filósofo e escritor inglês Roger Vernon Scruton, que faleceu em 12 de Janeiro de 2020. Acesse o sumário neste link, não se esqueça de colocar o mesmo nos seus favoritos. Lembrando que os títulos e subtítulos podem não ser iguais aos existentes no livro. Sem mais delongas, aproveitem!
A justiça social na Educação
Anteriormente, falamos sobre a caridade, sendo que esse tema está diretamente ligado à criação das grammar schools ou escolas de gramática britânicas, fundadas em 1542. Elas surgiram de uma longa tradição de doações para a caridade, que era integrada ao sistema de ensino estatal.
Quando um método capacita alguns alunos a terem êxito, automaticamente os outros fracassam, criando assim um sistema de ensino de dois níveis: os bem sucedidos aproveitam as oportunidades e os fracassados são deixados à margem, assim mantém a falácia do jogo de soma zero.
Assim nasceu o movimento a favor do ensino inclusivo, exigindo que todas as oportunidades fossem niveladas. Junto a isso, aumentando a hostilidade em relação à transmissão de conhecimento e a desvalorização de provas e exames, com a finalidade principal de impedir que o ensino público ou estatal produza ou reproduza “desigualdades”, alimentando cada vez mais essa narrativa.
Vemos mundialmente essa tática progressista na educação. É fácil assegurar a igualdade na área do ensino: basta remover todas as oportunidades de um aluno se destacar e ir além.
Um sistema que oferecia aos filhos de famílias com menos poder aquisitivo, uma oportunidade de progredir sozinhos pelo talento e esforço, foi destruído pela razão de dividir os bem-sucedidos e os mal sucedidos.
Lógico que somente os exames não podem separar os alunos que têm êxito ou fracasso. Porém, o conceito de justiça social permitiu aos igualitaristas menosprezarem os bem-sucedidos e o seu esforço pessoal, em compaixão em relação aos demais.
Somente um sistema de ensino bem diversificado, com avaliações bem planejadas e rigorosas, permitirá às crianças e jovens descobrirem sua verdadeira vocação, habilidades e ampliação de conhecimentos.
Os seres humanos são diferentes, uma criança pode fracassar em uma coisa e ser bem-sucedida em outra. Por exemplo, um jovem que fracassa em entrar em uma universidade pode ter êxito como oficial militar, ou a que fracassa em línguas pode ter êxito na música.
É uma utopia tratar a educação pela igualdade, isso traz falsas esperanças a quem está preso na mesma.
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Nunes, para Vida Destra, 24/06/2021
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