Um pastor amigo meu foi intimado a comparecer na Polícia Federal para depor. A acusação? Pasmem: islamofobia!
O “crime” hediondo do pastor que, diga-se de passagem, é um professor de História e pesquisador de religiões, foi o de tecer críticas teológicas ao Islã e ao seu profeta, críticas estas fartamente documentadas e fundamentadas na História do próprio islamismo, dos críticos e dissidentes e em seu livro sagrado, o Corão.
Os protagonistas deste ataque são a FEPAL (Federação Árabe Palestina do Brasil) e a ANAJI (Associação Nacional de Juristas Islâmicos). Ambas acionaram o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) acusando o pastor de expor “conteúdo falso e discriminatório sobre a comunidade muçulmana e o islamismo.”
Poucas pessoas sabem, mas literalmente milhares de cristãos são martirizados por ano, principalmente por muçulmanos, numa perseguição que envolve torturas, estupros e assassinatos. Mas não há retaliação de cristãos devolvendo aos muçulmanos na mesma moeda. O que há é uma tentativa de expor a violência islâmica contra cristãos, usando como único meio a liberdade de expressão. Aliás, uma liberdade totalmente desconhecida em países regidos pela Sharia. Enquanto os cristãos em países islâmicos geralmente não têm lei para recorrer contra torturas, estupros e assassinatos, no Ocidente muçulmanos usam e abusam da abundante liberdade que eles gozam. Buscam perseguir os cristãos não por atos de violência, mas pela liberdade de expressar a realidade muçulmana e criticar sua doutrina em pontos divergentes.
Esta é a primeira vez que uma grande ação islâmica utiliza o MPF e a PF contra um cristão no Brasil. A questão é grave e merece a atenção de líderes e parlamentares evangélicos. Essa perseguição, que é inédita na História brasileira, aconteceu, coincidentemente, depois que o Presidente Jair Bolsonaro visitou a Arábia Saudita, que é a capital mundial do islamismo sunita, em 2019, estabelecendo uma parceria inédita com os sauditas. O islamismo sunita é a vertente islâmica que mais comete atrocidades e mortandades contra cristãos. O ISIS, por exemplo, é praticamente todo composto por muçulmanos sunitas. O que está em jogo mais uma vez é nossa liberdade de expressão. Não queremos que no Brasil se repita na esfera religiosa o que já está em curso na política.
Toda e qualquer divergência doutrinária deve-se pautar única e exclusivamente no campo das ideias, algo, aliás, que já faz parte da cultura religiosa brasileira. As argumentações e contra- argumentações no universo religioso brasileiro são notórias entre as três grandes tradições religiosas, a saber: católicos, protestantes e espiritas. Esses debates já duram décadas, quiçá, mais de um século, sem nenhuma censura ou prejuízo jurídico para nenhuma das tradições religiosas supracitadas.
A atitude lamentável e desproporcional das instituições islâmicas supramencionadas configura-se em um tipo de nova modalidade de guerra (jihad jurídica) islâmica contra o Ocidente, utilizando-se, para tanto, das brechas que há na legislação democrática brasileira. Cabe ressaltar que, ao contrário da Sharia (lei islâmica), nossa legislação foi forjada paulatinamente na História, nos debates e nas ideias, e está ancorada nos valores judaico-cristãos, na filosofia grega e no direito romano, fundamentos tão caros ao espírito democrático e de livre pensamento dos países ocidentais.
Com o status de segunda maior religião do planeta, o islamismo deveria ter adquirido robustez intelectual durante esses mil e quinhentos anos de existência para defender-se no campo teológico e intelectual e não apelar ao campo jurídico como meio de refutação.
Tememos que, se esse pedido for acatado pela Justiça brasileira, abrirá um lamentável e perigoso precedente de jurisprudência contra as igrejas e outras instituições paraeclesiásticas que discordam da teologia islâmica, com implicações claras à liberdade da manifestação do pensamento religioso cristão.
Paulo Cristiano da Silva, para Vida Destra, 01/08/2020
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Parabéns pelo excelente artigo!
É uma situação realmente preocupante, que precisa ser acompanhada de perto! Já temos nossos valores atacados em várias frentes e não precisamos que se abra um novo campo de batalha!
Artigo lido e compartilhado!
Realmente é um tema que merece atenção, no Brasil e no Mundo.
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