“No futuro, todos terão seus 15 minutos de fama”, afirmou Andy Warhol na década de 1960. Poderia ter dito que alguns, além da fama, teriam também seu dia de herói. Foi exatamente isso que aconteceu com o brilhante jornalista Augusto Nunes, nesta quinta-feira, dia 7 de novembro: transformou-se em herói de boa parte de população brasileira ao reagir com uma bofetada aos renitentes insultos de Glenn Greenwald num programa ao vivo da Rádio Jovem Pan.
Tive o privilégio de trabalhar no jornal Estadão quando Augusto Nunes era Diretor de Redação. Sempre o admirei pela inteligência, integridade, pertinência, tranqüilidade e calma ao fazer um jornalismo opinativo sério e competente, ainda que invariavelmente sagaz e irônico.
É bem verdade que o golpe aplicado não teve a contundência que eu gostaria, mas o gesto, a resposta às ofensas lavou minha alma. A minha e, com certeza, a de milhões de brasileiros.
Chegar às vias de fatos não é um comportamento adequado, mas paciência e tolerância têm limites. E hoje minha admiração por Augusto Nunes subiu vários pontos, atingindo o máximo na minha escala de pontuação por admiração. Ele fez o que eu gostaria de ter feito, caso a oportunidade se apresentasse.
E você, caro leitor, o que acha disso? Em sua opinião, foi suficiente ou Glenn merecia mais?
Laerte A Ferraz para Vida Destra 07/1/2019
Faço minhas as suas palavras. É um desrespeito colocar o dedo em riste para alguém e achar que não sofrerá as consequências. Parabéns, Laerte!