Analisando as notícias das últimas semanas, especialmente aquelas vindas do meio judiciário, fico me perguntando em que mundo essa gente vive. Que existem decisões esdrúxulas em todos os lugares – ou mesmo níveis – não resta a menor dúvida. Mas parece que a pandemia acabou colocando o desvario dessa gente em outro patamar.
Não falo apenas das decisões tomadas por prefeitos e governadores – tendo por base o fechamento do comércio e o lockdown infinito – sem pensar nas consequências; mesmo a curto prazo, como a fome e o desemprego. Ou então das escolas fechadas, prejudicando em muito a formação das crianças.
Mas o que realmente chama a atenção é o ativismo judicial vindo daquele que deveria ser o guardião da Constituição – o STF. E não só ele, como também das chamadas instâncias inferiores (como já disse em outro artigo). A impressão que se tem é que esses ditos “juízes” realmente desconhecem a realidade do brasileiro. De dentro de suas casas, com ar condicionado e geladeiras cheias – além, é claro, do salário polpudo em dia – fica muito mais fácil tomar decisões descoladas do que é palpável.
Desde a proibição da circulação de pessoas, ignorando o transporte público sempre lotado; ou até mesmo de se delimitar o que cada pessoa pode ou não consumir, tudo é feito pensando em prejudicar a vida de quem está, apenas, lutando para sobreviver. Claro que a imprensa (sempre ela!) tem uma grande parcela de culpa nisso, atuando, por vezes, como uma verdadeira GESTAPO¹, que denunciava os “insubordinados” ao estado. Ou mesmo quando faz questão de desdenhar do chamado “tratamento precoce”, que já salvou muitas vidas.
A sabotagem nesse país é muito grande – e de todos os lados. Quem mais sofre com isso são os mais vulneráveis, que são tratados como párias por aqueles que deveriam proteger, ou mesmo informar, de forma responsável, a população. Não fossem alguns brasileiros abnegados, que realmente prezam pelo presente – e pelo futuro – do Brasil, estaríamos deixados à nossa própria sorte.
A conta, pro cidadão comum, há muito chegou. Pra essa gente, porém, só importa se o delivery chega no horário. É como se vivessem em um mundo à parte, como Nárnia. Só que a realidade sempre bate à porta. Mesmo que seja a do guarda roupa.
“A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente presente“. (Albert Einstein)
¹Polícia secreta oficial da Alemanha Nazista.
Lucia Maroni, para Vida Destra, 20/04/2021. Sigam-me no Twitter, vamos debater o tema! @rosadenovembroo
Crédito da Imagem: Luiz Augusto @LuizJacoby
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No imaginário art. de @rosadenovembroo em que afirma q Nárnia é logo aqui. A uma bolha de distancia, concordo plenamente que este ativismo judicial foi criado por lunáticos que não se misturam com os pobres mortais, vivem a degustar lagostas e vinhos, deixando a ralé, os restos.
Isso sim é genocídio.