Já são nove meses de escolas fechadas na maior parte das regiões brasileiras. Neste período houve um grande esforço, sobretudo por parte de profissionais dedicados e comprometidos, para fazer chegar alguma forma de conhecimento aos alunos, que, em casa (na verdade a maioria não está em casa) aguardam a elite política decidir se recebem ou não o direito assegurado por lei de ter educação de qualidade.

Em texto anterior, que pode ser acessado neste link,  escrevi que: “Evidentemente um grande número de professores tem se dedicado, quase em tempo integral, no atendimento aos alunos de forma remota, como é meu caso. Porém, sabemos que o jogo político que envolve a classe dos professores tem sido um grande entrave. Sindicatos, naturalmente envolvidos até o pescoço com partidos políticos de esquerda, procuram se juntar aos políticos que propagam a agenda do caos para desestabilizar o setor da educação”.

Minha intenção, neste parágrafo, foi muito mais destacar os bons professores, que têm se dedicado e dado sua parcela de contribuição para amenizar os efeitos devastadores da pandemia, do que atacar sindicatos, embora estes não me despertem a mínima simpatia. E é exatamente isso que quero deixar claro.

A maioria dos conservadores costuma generalizar a ideia de que professores, via de regra, vivem, majoritariamente, sob o espectro da esquerda. A notícia boa que tenho com relação a isso é que tenho conhecido cada vez mais professores que estão entendendo a manipulação de décadas dentro dos cursos de formação. Existem muitos, e não mais alguns poucos, professores que estão criando coragem de dizer não ao socioconstrutivismo e a doutrinação ideológica socialista. Muitos estão compreendendo que Paulo Freire é nada mais do que um guru ideológico que escreveu sua doutrina de ódio do bem e a colocou, com ajuda dos alucinados marxistas, toda a sua “teoria” a favor da formação da militância que hoje produz os adolescentes de 40 anos que vivem com os pais e acordam as 12 horas pensando qual será o post revolucionário que vai soltar nas redes sociais hoje.

Por isso, insisto em dizer que, por mais que os relatos de professores que usam momentos de aula para mentir e doutrinar venham a nos desanimar, devemos observar exemplos de professores que entregam um brilhante trabalho, tanto presencialmente quanto em aulas remotas neste período. Também vale a pena lembrar que o mau exemplo de péssimos servidores públicos não pode servir para generalizar esta ou aquela classe profissional. Vide artistas que não se curvam aos “rouanólatras”, viciados em Lei Rouanet. Vide jornalistas que não se deixam reduzir a idiotas com microfones abertos. Vide políticos que mesmo estando dentro da classe mais podre do mundo se posicionam a favor da ética e da moralidade!

O fato é que professores ainda possuem um papel importante na construção da sociedade. Basta ver como está nosso povo para sabermos que rumo tomou a atividade docente em nosso país, nas mãos de poucos irresponsáveis e de sindicatos inescrupulosos, que manipulam as mentes dessas pessoas, manobrando-os ao vento que decidem. Não nos esqueçamos que professores conservadores estão enfrentando, sim, a oposição dos colegas que pensam diferente, sofrendo perseguições e sendo, como estão gostando de dizer, cancelados.

Procure conversar com professores que não se deixam levar pela onda do globalismo. Ofereça a eles um abraço e um agradecimento. Acredite, assim como os professores gramscistas foram a linha de frente para a deterioração social a que chegamos, os professores conservadores estão começando a entender seu papel de linha de frente na luta para reverter estes processos. Não conclamo ninguém a agir fora da lei, ou incito desobediência civil. Chamo os professores conservadores a se juntarem a outros na luta. Escrevam, publiquem, divulguem! Não se escondam! Mostrem-se para a sociedade! Alguns tentarão feri-los, outros os perseguirão, mas é preciso lembrar que a construção de uma sociedade melhor no futuro, passa pela luta daqueles que acreditam na mudança, no presente.

Davidson Oliveira, para Vida Destra, 28/11/2020.
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