Há dois dias (escrevo no sábado), na quinta-feira dia 17 de junho, tomei a primeira dose da vacina contra a Covid, o que reportei no Twitter. Mantenho minhas colocações e reitero minhas impressões colocadas na plataforma.
Inicialmente, quero novamente parabenizar a Saúde do Município de São Paulo!
Fui à UBS da Cidade Vargas, na Zona Sul de São Paulo. No momento em que cheguei, por volta de 15:30 h, havia 3 pessoas na fila à minha frente. Foram atendidos rapidamente, e em não mais que 15 minutos, chegou minha vez.
Ao comparecer nos postos de vacinação, é bom ressaltar que é necessário portar documento de identidade e comprovante de residência. No meu caso, serviram os dados cadastrais da Enel, que foram colhidos pela atendente do celular, diretamente. A moça da UBS foi gentil, solícita e me ajudou inclusive a acessar o aplicativo da Enel. Demonstrou preocupação com meu estado de saúde, perguntou-me sobre doenças presentes ou crônicas, fez meu cadastro e meu cartão de vacinação prontamente.
O profissional de saúde que me vacinou foi de uma habilidade imensa! Confesso que tenho pavor de agulhas, não gosto mesmo de tomar injeções, fazer exame de sangue e coisas afins. Porém, antes de sentir a picada, a vacina já havia sido aplicada – o profissional foi rápido e suave, eu realmente mal senti a aplicação.
A vacina que tomei foi a Fiocruz/Astrazeneca. Pelo que ouvi de outras pessoas atendidas na UBS, ninguém queria a Coronavac, que era a outra vacina disponível.
Ao sair da UBS, enquanto dirigia de volta para casa, comecei a sentir dor no local da aplicação, que foi se intensificando nas horas seguintes.
Sofri reações desagradáveis, é certo: febre (que variou até 38,2ºC), dores nas articulações, dor de cabeça, mal estar típico de uma gripe, mas sem tosse ou nariz congestionado.
O pior dia foi mesmo a sexta-feira, dia 18 de junho. Controlei a febre com dipirona, que também foi eficiente para as dores nas articulações e a dor de cabeça. Pelo aplicativo da Prefeitura, as recomendações foram dipirona ou paracetamol, bem como não tomar aspirina. Ainda assim, sequer consegui levantar da cama, fiquei prostrado.
Hoje (19), acordei bem melhor, com pouca dor no local da aplicação e agora sem dor nas articulações, com uma leve dor de cabeça. Ainda não estou 100%, mas estou operante…
O cerne deste artigo refere-se às respostas às minhas postagens sobre a vacina.
Para começar, quero também repetir o que tenho dito nas redes sociais: estamos em guerra contra uma nova ameaça biológica e nenhuma opção de prevenção ou tratamento pode ser descartada. Contudo, todos os meios de prevenção e tratamento foram politizados, e não existe perfeito consenso sobre nenhum. Nesse último ponto, ainda que reconheça haver o debate sobre máscara, lockdown, distanciamento social, ivermectina, etc., e que haja mesmo fundamento para tanto, em relação às vacinas, minha posição NÃO é refratária, por várias razões.
Primeiro, pelas razões de cunho médico. Conquanto todas as vacinas sejam aprovadas de forma emergencial, o que praticamente equivale a dizer que são experimentais, é o que podemos e temos para o momento. Refuto, portanto, argumentação no sentido de que são “substâncias estranhas injetadas no nosso organismo”, até porque essa narrativa remete a 1904, quando da Revolta da Vacina – não dá para repetir isso hoje em dia! Agora, além do desenvolvimento da medicina, temos o respaldo de várias organizações e personalidades internacionais e nacionais, em especial a Anvisa, o que, pelo menos para mim, preenche os requisitos de aceitabilidade. O esforço internacional de pesquisadores para o desenvolvimento das vacinas é digno de mérito e reconhecimento, por outro lado.
Segundo, além da crise sanitária, temos uma crise política, uma guerra de narrativas que, pelo lado da oposição, tem sido repugnante, asquerosa, usando e abusando da pandemia como palanque político. Nesse caso, a vacinação é medida que esvazia a maior parte dessas narrativas abjetas, em especial o “passaporte sanitário” que, diante de uma adesão espontânea e maciça da população à vacina, torna-se desnecessário e inócuo, jogando por terra as veleidades arbitrárias e totalitárias de 73 “nobres senadores”. Mais ainda, havendo a aceleração e a efetividade das vacinações, se torpedeia nos fundamentos esse circo político nojento da CPI relatada por um personagem recém-denunciado-novamente, Renan Calheiros, useiro e vezeiro na posição de réu ou investigado em processos e inquéritos.
Diga-se inclusive que houve recorde diário na aplicação de vacinas esta semana, com mais de 2 milhões de doses em 24 horas, o que foi praticamente ignorado pela “imprensa” militante deste país – isso revela o medo da oposição quanto ao avanço do programa.
Para retomarmos a vida normal, o tanto quanto possível, é imprescindível a vacinação em massa e isso é inegável!
Fábio Talhari (O Mosquito), para Vida Destra, 21/06/2021. Sigam-me no Twitter! Este artigo é um convite ao debate! @FabioTalhari Inscrevam-se no meu canal no YouTube
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