O “modus operandi” da oposição e da esquerda neste país tem sido o mesmo desde as eleições: buscar um motivo qualquer, mesmo que seja só uma tempestade em copo d’água (ou em um copo de leite) para construir narrativas escandalosas que abalem a popularidade de Bolsonaro.
Até agora, não conseguiram. O único episódio que realmente dividiu e até retirou algum apoio do Presidente foi a defecção do ex-Ministro da Justiça, com o surgimento de uma terceira via política, como coloquei eu um artigo, no momento em que isso ocorreu. Contudo, esse acontecimento não partiu de qualquer iniciativa da esquerda, mas de dentro da própria estrutura do governo, e muitos até o interpretaram como “fogo amigo” – que não deixou de fazer baixas, claro.
Aliás, quando listamos todas as “ações” que tentaram contra o Presidente, ficamos até assombrado que ele realmente não tenha sido derrubado, ou até morto, como se deu em setembro de 2018. Mesmo sendo desmentidos, mesmo falhando fragorosamente em cada calúnia, mentira ou violência, a esquerda simplesmente não se envergonha, e continua tentando.
Só por essa constatação, fica claro que a oposição nada tem de construtivo, nada observa de civilidade, mas tem uma orientação meramente destrutiva. Mas enquanto houver gente desorientada e desinformada neste país, a esquerda vai prosperar no caos que dissemina.
Este clima de insegurança, instabilidade emocional coletiva, é amparado, especialmente, na cúpula do Judiciário. Não apenas no STF, mas como estamos vendo, no TSE também – e isso se traduz em insegurança jurídica, porque os integrantes do supremo e dos superiores têm agido de forma política, e não jurídica – e isso todo mundo já percebeu, muita gente já escreveu e repercutiu. É certo, então, que o “último bastião” da esquerda e dos governos anteriores que está encravado, causando mais turbulência à atual administração, é a cúpula do Judiciário.
Ontem vimos o início do julgamento do pedido de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão. O mais sério ataque que o judiciário está realizando contra a estabilidade política do Brasil, um verdadeiro “tapetão” daqueles que anulam um campeonato. É, contudo, uma coisa muito perversa quando o poder judiciário toma para si a oposição política que deveria ser exercida no âmbito do legislativo. Espantou-me que o placar tenha sido de 3×2, a favor da reabertura de investigações policiais em duas ações que pedem a cassação da chapa – com base em um “ataque virtual” (que durou 24 horas) a um grupo de mulheres contrárias a Bolsonaro.
Muita gente está considerando que esse julgamento irá cassar a chapa, imediatamente, mas não é isso que irá acontecer. O que se discute, agora, é se haverá produção de novas provas ou não. Querem, por certo, “importar” provas do famigerado e inconstitucional “inquérito” que foi aberto no STF, mas os objetos de investigação deste monstrengo jurídico, até onde se sabe, é diferente do mérito das ações que estão julgando.
O pedido de vistas que Alexandre de Moraes fez, contudo, é indicativo de que eles sabem que não contam com apoio popular suficiente para a cassação da chapa, e por ora, não há no Congresso maioria ou sequer vontade política para um processo de impeachment, ou tantos parlamentares que sustentem esse “tapetão” que estão tentando. Aliás, muito pelo contrário: a cassação iria causar séria comoção nacional, da qual, com certeza, não sairão ilesos. Na verdade, esses movimentos pendulares dos ministros do STF somente demonstram a tibieza constitucional e legal de suas ações. Sabem que estão por um fio.
Por isso, a única coisa que realmente interessa à esquerda (nefasta) deste país, bem como aos opositores de plantão que estão, inadequadamente, na cúpula do Judiciário, é manter as narrativas falsas, escandalosas, violentas e/ou caluniosas, para criar um clima de instabilidade social e política – ou seja, para eles interessa a manutenção do caos.
Interessa manter a “faca no pescoço” do Governo, para impedir avanços e inviabilizar as medidas administrativas do Executivo. Não interessa a solução de problemas, nem o fim de “inquéritos”, investigações e/ou sentenças em processos.
Porém, há um problema sério, para eles: se não agirem, isoladamente ou em grupo (que está bem longe de ser 70%, como mentem nas redes, está mais para 10% de nada), logo mais a frágil maioria de 6×5 a favor de corruptos e criminosos que se estabeleceu no STF será desfeita. A nomeação de um Ministro no STF por Bolsonaro, aliás, funcionaria de forma a desmontar as redes de influência que lá perseveram, e até mais: poderia ser um “ponto de transparência” na Corte, que desnudaria os modos e motivos pelos quais realmente funciona. E isso parece que os apavora, ou será só impressão minha?
Logo mais, hoje, no julgamento da constitucionalidade do “inquérito”, verdadeiro monstrengo jurídico, veremos até onde vai a audácia (ou o medo) dos ministros.
De toda forma, eles não tiveram coragem, até agora, de “atravessar o Rubicão”, de entrar com todas as tropas na cidade do Executivo, que por seu turno, dá provas de uma excepcional resiliência, e também já mostrou que a paciência com inconstitucionalidades e ilegalidades reiteradamente cometidas está no fim. A nossa, já acabou!
Alea jacta est!
Fábio Talhari, para Vida Destra, 10/6/2020.
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Excelente artigo. Eu o resumiria assim: como sabem que a reação popular lhes pode ser fatal, STF/TSE protelaram o processo para manter a “faca no pescoço” e, com isso, desgastar o Presidente e criar condições para destituí-lo, mais adiante. Fábio, somente vou discordar, mas torcer para que vc esteja certo, quanto ao fato de que a indicação de Bolsonaro para o STF pode virar o jogo para 6×5 a seu favor. Pelas declarações e posicionamentos, ou ainda, votos proferidos pelos 11 ministros, ultimamente, creio que o placar passará a ser de 11×1 contra o Presidente.
Bom dia, Fábio! Depois do que vimos ontem, com o grotesco voto de Edson Fachin, considerando constitucional um dos mais atrozes monstrengos jurídicos da História do Brasil, vimos que apertaram essa faca no pescoço, já cortaram a pele. Antes que cortem a carne, é melhor que a sociedade civil reaja de forma ampla e visceral. Do jeito que está, não dá para ficar. Muito obrigado, meu amigo, pelo comentário gentil e solidário!
Fábio, soy brasilera, vivo a “muuuchos” años en el exterior. “Vivenciando“ la vida de J. Bolsonaro con todos y cada uno de los ataques contra él a diario, surge un sueño en mi interior.
Mi sueño: Que un día algún gran escritor registre en los anales de la historia todas las peripecias sufridas y vividas por JB.
Y cuando algún extranjero leyera el libro diría “no, es imposible. Por lo cual, si eso no es surrealismo mágico sería ficción. Cosas así no ocurren”.
Es increíble, no se puede creer lo que pasa en Brasil, aunque sea nuestra realidad.
Fábio, y el escritor pudiera ser usted. Por favor, acepte el reto. ¡Seré la primera en la fila de compra!
¡Buenos días, Maria! No soy un gran escritor, ojalá pudiera escribir un libro. Sin embargo, la idea es maravillosa. Sería un trabajo hercúleo, pero gratificante. Escribí tu sugerencia y lo pensaré con mucho cariño. ¡Muchas gracias querida!
Até quando manterão a corda no pescoço do Executivo?
Excelente artigo!
Bom dia, Nunes! Após assistirmos, estarrecidos, a votação no TSE e ontem o voto de Fachin, considerando constitucional um monstrengo jurídico, a reação da sociedade civil tem que ser rápida, ampla e dirigida contra esse arremedo de órgão judicial que é o STF. Já deu.
Verdadissima!!!! A minha ja acabou faz um tempo, juro que antes do video do Prof Olavo rsssss. E se a do “acabou, poha” nao acabar messsssmo, aí sim começaremos a jogar a toalha, vendo que nossas arma p esta luta sao absoletas e rudimentares. O que nos restará senao o desanimo e o FODA-SE GERAL?!!!!!
Bom dia, Eliana! Hoje, especialmente, depois do grotesco voto que Fachin zurrou ontem, considerando constitucional um monstrengo jurídico urdido nas entranhas do inferno, além de esgotada a paciência, não vejo outra saída senão uma reação visceral da sociedade civil. Estamos assistindo esse arremedo de órgão judicial destruindo o Brasil, solapando o Governo atual, sem conseguir fazer nada de efetivo. A situação é gravíssima.