Preocupa-me a paralisação dos caminhoneiros.
A vítima será a população, que se voltará contra Bolsonaro.
Seria como obrigá-la a fazer greve de fome justificando um objetivo maior a ser atingido.
Não vai dar certo.
Ela não foi consultada para isso.
As justificativas se assemelham ao “fique em casa, a economia a gente vê depois”.
O Congresso, STF e imprensa, ou seja, a cleptocracia, vai morrer de rir e assistir de camarote.
Os caminhoneiros poderão conseguir o que aqueles tentam e fracassam desde a campanha eleitoral: jogar o povo contra o presidente.
Já se percebe nas redes os que insuflam o radicalismo e atacam a “frouxidão” do chefe do Executivo.
Estes insufladores, logicamente, são “Infiltrados” e indicam a estratégia a ser neutralizada.
Pela primeira vez percebo ameaça à liderança do presidente, que terá que agir rápido e de forma efetiva.
Terá que convencer os caminhoneiros a se retraírem e se alinharem sob seu comando. Porém, são um grupo praticamente acéfalo ou com muitos representantes, como queiram, o que dificulta acordos.
Para tanto, creio haver a necessidade de demonstrar, com ações, que as palavras e promessas dos palanques de 07/09/2021 estão sendo colocadas em prática.
Talvez essa greve de caminhoneiros tenha o mesmo significado do rompimento de marcha do General Mourão Filho, em 31 de março de 1964, que tornou irreversível o desencadeamento das ações.
Se assim for, o presidente tem que ser capaz de orientar os esforços no devido caminho, ou perderá o controle.
Os fatos já criaram vida própria e se sucederão de maneira aleatória na anomia institucional vigente.
Há que se reestabelecer a unicidade de comando, e rápido.
Nota: outros artigos de minha autoria que se relacionam com o tema deste e embasam análises podem ser acessados neste link!
Fábio Sahm Paggiaro, para Vida Destra, 10/09/2021. Sigam-me no Twitter! Vamos debater o tema! @FPaggiaro
Crédito da Imagem: Luiz Jacoby @LuizJacoby
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