O saudoso Sérgio Porto, mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta, parece mais vivo que nunca. O “Febeapá – Festival de Besteiras que Assola o País”, sua marca registrada, não terminou no Brasil. Aliás, qualquer pessoa que colocar na internet “Febeapá” vai encontrar frases que se encaixam como uma luva na atualidade – o que indica que ainda não evoluímos desde os anos 50!
Por exemplo:
“Difícil dizer o que incomoda mais, se a inteligência ostensiva ou a burrice extravasante“.
Exemplo de “burrice extravasante” vimos saindo agora das bocas de duas “figuras públicas”: “imprimir dinheiro para resolver a crise causada pela pandemia”. Temos que acreditar que se trata da mais pura ignorância, se não alguém poderia até dizer que é má-fé!
“Imprimir dinheiro” faz aumentar o volume de moeda em circulação. Isso até acontece naturalmente, à medida que um país vai produzindo mais riquezas, acompanhando o ritmo do crescimento econômico. Mas fazer isso do jeito que os dois palpiteiros zurraram é jogar dinheiro em uma economia estagnada, e isso causa inflação! Aliás, isso já foi tentado, mais de uma vez, na História do Brasil e quem, como eu, está na casa dos 50 anos, lembra bem o que aconteceu por causa disso: uma hiperinflação crônica, que perdurou mais de uma década e chegou a picos de mais de 2.000% ao ano.
Viver sob hiperinflação era uma façanha. Lembro de 1992, quando tinha 26, 27 anos, e estava começando a carreira como advogado. Ia trabalhar de manhã, com quatro cédulas de Cr$ 1,00 no bolso. Para pegar o ônibus, gastava duas. Trabalhava, e na volta, quando ia pegar a mesma linha, a tarifa da passagem tinha subido para Cr$ 3,00! Ou seja, não tinha dinheiro para voltar para casa, e ficava na dependência da boa vontade do cobrador e do motorista, que às vezes me deixavam descer pela porta da frente. Se não deixassem, e não foram poucas vezes que isso aconteceu, caminhava 6 km para voltar para casa!
A hiperinflação é uma coisa cruel, porque tira valor do dinheiro que você tem no bolso, enquanto ele estava no bolso! Todo mundo que viveu os anos 80 e 90 sob essa condição merecia um Nobel de Economia, porque a gente fazia estripulias múltiplas para tentar se proteger. Por exemplo, eu costumava manter fichas telefônicas na pasta. Quando precisava completar o valor da refeição, ou da passagem de ônibus ou metrô, ia para o lado de uma banca de jornais, ou do orelhão, e vendia as fichas que tinha. Elas também eram reajustadas diariamente, então não perdiam valor com a mesma velocidade que a moeda perdia.
Daí pode vir algum petista doente, fanático, dizer: “Mas isso é só por um tempo, até a Economia se recuperar”… Pois foi exatamente o que disseram nos anos 70, 80 e 90, aqueles economistas “desenvolvimentistas” na linha de Celso Furtado. E deu no que deu, uma ciranda inflacionária que só se resolveu com o Plano Real. Vivi 29 anos da minha vida sob uma inflação contínua, e não quero voltar àquela realidade!
E não é só a inflação e hiperinflação que resultam da “impressão de dinheiro”. Acontece também a perda de credibilidade na moeda. Quando as cédulas são tão abundantes que não valem mais nada, como acontecia nos anos 80 e começo dos 90, era comum haver cédulas com escritos – a gente usava como bloco de notas! Hoje, vê se algum biruta escreve em uma nota de R$ 50 ou R$ 100. A par disso ser crime, a moeda hoje tem credibilidade, mas não terá, se houver emissão desenfreada!
Mais ainda: sob inflação galopante e hiperinflação, as moedas estrangeiras, e especialmente o dólar, tendem a fugir. Isso quer dizer, cessam e fogem daqui os investimentos estrangeiros, ou seja: o dólar dispara, para valer! Se acham que R$ 5,20 é muito, tentem “imprimir dinheiro” para ver o que acontece!
Com a fuga de capitais estrangeiros e para controlar a inflação, o Banco Central tem que lançar mão do remédio de Política Monetária disponível: o COPOM faz subir a taxa básica de juros, a Taxa Selic. Essa mesmo, que vem caindo nos últimos meses, de repente irá subir (de novo!). Vivemos décadas sob uma taxa de juros altíssima, que desincentiva a produção e encoraja o capital a ficar na renda fixa. Pernicioso!
Em seguida, depois de inflação, hiperinflação, disparada do dólar e da Taxa Selic, queda na produção, acontece outra coisa: recessão e queda do nível de emprego (mais desemprego!).
Tudo isso os brasileiros como eu já vivemos, e sofremos muito! Depois de anos lutando contra esse quadro dantesco, quando conseguimos avanços, estabilização da Economia e outras façanhas heroicas na nossa História, vêm duas figuras desorientadas dessas, merecedoras de nosso amplo e profundo repúdio, querer reinstalar a baderna?
Nem a pau, Juvenal! Podem tirar o cavalinho da chuva, não vão conseguir!
Fábio Talhari, para Vida Destra, 17/4/2.020.
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Bom dia Fábio nós que já vivenciamos e sabemos por experiência própria o que aconteceu no passado, principalmente pelas políticas econômicas realizadas pelo Sr Delfim Neto, Zélia Cardoso de Melo e outros renomados picaretas econômicos, ou melhor, gênios da economia mundial, podemos ter a esperança em Paulo Guedes que ele não vá repetir as mesmas besteiras perpetrada por esses boçais acadêmicos que só usaram a máquina pública em seu favor. Ou seja, só usaram a máquina pública para se enriquecer, pois não vi nenhum deles trabalhar duramente como um outro trabalhador qualquer. Tenho ainda a esperança no Paulo Guedes e no Presidente Bolsonaro de que não irão repetir os mesmos erros da “inteligência nacional” ou do interesse no bolso do brasileiro.
Malditos ladrões filho da puta
Maravilhoso, como sempre! A minha (e acho que de mais pessoas) desconfiança é de que essa sugestão demoníaca parte da demoníaca esquerda para, mais uma vez, tentar destruir o Brasil e colocar a culpa no Bolsonaro, e, com isso, tirar esse obstáculo teimoso de seus planos nefastos de tomar o poder para sempre escravizar a todos nós. A esquerda, que alguns sem cérebro defendem, não se incomoda em matar, destruir, se for para alcançar seus objetivos.
É Exatamente isto que está ACONTECENDO desde que nosso Presidente foi eleito até os dias de Hoje.
Eles não tem Limited, e como já preconizou a ANTA; “FAREMOS O DIABO” para TOMAR O PODER do POVO em NOSSAS MÃOS disse outro Marginal e no meu entendimento a Reencarnação do coisa ruím J.Dirceu.
Eles estão Simplesmente Cumprindo suas Promessas de transformar o Brasil numa Venezuela.
Pra quem não viveu nesta Época Vale Lembrar Fábio a luta diária do Povo Brasileiro para sobreviver; Isto mesmo: Os BRASILEIROS ?? LUTAVAM DIARIAMENTE PARA PODER DAR AS SUAS FAMÍLIAS UMA REFEIÇÃO. Num cenário onde o Levávamos um Saco de DINHEIRO para comprar qualquer coisa, um pão, um leite, um cafazinho, papel higiênico. Só se encontrava o básico, e pouquíssima variedade de produtos e marcas disponíveis nas prateleiras. O preço das mercadorias era um de manhã, outro a tarde e outro a noite. As vezes você estava pegando uma lata de salsicha na prateleira e o “Marcador” figura bastante comum naquela época, tentava remarcar SUBINDO o preço do produto na tua mão, na maioria das vezes brigávamos para manter o preço anterior mais baixo. Daí veio a expressão: VENDER O ALMOÇO PARA COMPRAR O JANTAR!
Temos a obrigação de alertar o Povo Brasileiro que boa parte do que acontece aqui ao lado na VENEZUELA, não é Ficção Científica e Sim realidade.