No dia 2 de outubro último, pela manhã, recebi uma imagem da minha amiga Cassy (@CassiDebiasi), sobre sua candidatura à vereança em Porto Alegre! Conquanto eu não vote naquela capital, endosso a candidatura dela, pelo PSC – Partido Social Cristão. A partir daí, fizemos uma “entrevista” informal, bem leve, muito prazerosa e, inclusive, tocante em muitos momentos, pela sinceridade e espontaneidade com que a candidata me respondeu.
Vale a pena ler a trilha que se formou a partir dessa conversa (clique neste hyperlink!), em que mais amigos e concidadãos se uniram em comentários e outras perguntas à Cassiana, abordando mais pontos ainda dos que abordei na “entrevista” como, por exemplo, segurança pública. As participações de todos ampliaram o retrato que se pode fazer da candidata, e ainda estão no Twitter, o que possibilita que mais pessoas perguntem a ela, diretamente, temas de interesse dos porto-alegrenses.
Os temas são de importância para a eleição em Porto Alegre. Coloquei-me na posição de editor da revista @vidadestra, portanto, na transcrição abaixo, Vida Destra (VD) sou eu, Fábio Talhari.
Vida Destra: Você está por aqui, Cassy?
Cassiana DeBiasi: Bom dia Fábio! Sim, positivo! Muito obrigada! Muito feliz!
VD: Cassy, você é de Porto Alegre, mesmo? Nasceu aí? Conte um pouco da sua história de vida, para as pessoas conhecerem quem é você!
Cassiana: Fábio, sim. Sou filha de Porto Alegre, nascida e criada nessa cidade que um dia já foi a 5°maior cidade do Brasil! Meus amados pais vendiam picolé na Praça da Redenção aqui em Porto Alegre. Você pode imaginar quantos picolés são necessários vender para se pagar a faculdade de um filho?
VD: Seus pais eram comerciante ambulantes? E com essa atividade, conseguiram colocar a filha na faculdade? Imagino que não sejam poucos picolés… No que você se formou?
Cassiana: Sim, fato! Fizeram um enorme sacrifício q só depois de adulta pude entender o tamanho! Sou bacharel em Turismo pela PUCRS, tenho cursos técnicos em administração estratégica, planejamento público, gerenciamento de risco, gerenciamento de projetos, inglês e espanhol e iniciei uma pós-graduação na ESPM.
VD: Nossa! Tudo isso vendendo picolé? Rsrsrs… Mas conte um pouco mais sobre seus pais. Além de vendedor ambulante, seu pai tinha outras atividades?
Cassiana: Rsrsrs, sim!! Meus pais me proporcionaram desde a 5° série até a faculdade, a melhor educação que puderam, que lhes cabia no bolso. Até a 4° estudei em escola pública. Cheguei na 5° série sem dominar a tabuada!! Meu pai.. Ah meu falecido pai.. preciso de mais espaço para falar dele…
VD: Tem todo o espaço que quiser, querida, quantos posts forem necessários!
Cassiana: Que honra poder contar a história do meu “véio”! Meu pai foi um gaúcho da fronteira, da cidade de Uruguaiana, divisa com a Argentina. Ele veio para Porto Alegre aos 12 anos de idade (fugindo!), minha avó levou quase 2 anos para encontrá-lo (danado!). Ele morou primeiro na rua, depois arrumou abrigo com os estivadores do Porto, onde começou a trabalhar nas docas. Depois virou caixeiro-viajante (a gurizada mais jovem talvez nem saiba o que é isso… kkk). Virou vendedor de seguros e quando estava “velho” para ser vendedor, começou a vender picolés, onde batalhou um alvará para um ponto de quiosque na Praça da Redenção, perto do antigo Café do Lago, onde naquela época era um bicicletário e o ponto de saída dos pedalinhos. O trenzinho também era por ali, hoje em dia parte do Brique da Redenção. Estamos aí falando da década de 70/80. Naquela época o Parque da Redenção não tinha uma organização do comércio ambulante e meu pai fundou a ASSOCIAÇÃO DOS COMERCIANTES AMBULANTES DO PARQUE FARROUPILHA, do qual foi presidente por mais de 20 anos. No seu estatuto, cheio de erros de português, se baseiam as regras que norteiam o comércio ambulante de praças e parques! Tenho muito orgulho dele! Meu pai não tinha estudo, mas formou duas filhas na faculdade. Ele é o homem que mais influenciou e segue influenciando minha vida através das memórias. Ele foi feliz, amado e viveu aventuras incríveis!
VD: Sen-sa-ci-o-nal, Cassy! Gente simples e batalhadora, sobre cujos ombros este país é construído todos os dias! Conte um pouco sobre sua mãe, agora?
Cassiana: Minha amada mãezinha é uma mulher poderosamente forte, jovem e animada. Tem 70 anos, viaja, passeia, ela é um barato! Natural da nossa belíssima vizinha Santa Catarina, é gaúcha honorária há mais de 50 anos. Minha “mamma” é uma italiana típica que fala alto e gesticula. Lutou taco a taco ao lado do meu pai. Ela me tirava da cama, me levava para escola todos os dias, fazia os temas comigo, ia para a biblioteca comigo. Minha mãe se formou na faculdade junto comigo, foi a maior parceira de estudos que tive! Nossa família materna é grande e unida, uma turma da “tarantella” que se reúne, grita, chora, dança, come, falam pelos cotovelos, aquela coisa típica da italianada brasileira! Nós nos falamos todos os dias e temos um relacionamento super íntimo. Ela é minha melhor amiga!
VD: Cassy, sério? Sua mãe fez faculdade de Turismo contigo! Espetacular! (aplausos) Deixe-me perguntar mais uma coisa: você já teve alguma experiência política antes? Já se candidatou a algum cargo?
Cassiana: Sim, ela “fez” porque esteve comigo junto comigo, participou de tudo de alguma forma, fosse ajudando a pesquisar, fosse digitando enquanto eu ditava. Ela sempre gostou de estudar, só não o fez formalmente. E não Fábio, é minha primeira vez na política, sou uma “outsider”. Folha em branco.
VD: Já estudou a Lei Orgânica de Porto Alegre? Diante das atribuições e competências que essa lei dispõe para os vereadores, qual sua intenção, como pretende atuar?
Cassiana: Sim, estudei a lei orgânica de nossa cidade e posso dizer que ela está desatualizada, caduca e desconectada do mundo moderno. Há muito trabalho a ser feito. Minha pauta principal é atuar na FISCALIZAÇÃO, que é uma atribuição que os vereadores esqueceram que lhes compete. Atualizar, conferir, simplificar, desburocratizar. Eu acredito que você, cidadão, merece RESPEITO. FISCALIZAR é respeitar o cidadão, que vive em Porto Alegre e paga impostos. Impedir que o dinheiro do contribuinte desça pelo ralo em burocracias ineficientes. Precisamos trabalhar!
VD: Você tem razão! Um dos principais “nós” da administração pública é a correta e eficiente destinação do dinheiro dos contribuintes! Mais uma pergunta: no município de Porto Alegre, você já identificou os bairros e/ou áreas que precisam de maior atenção? Quais?
Cassiana: Acredito que Porto Alegre merece atenção como um TODO. Claro que como toda cidade tem suas disparidades, aqui também tem. Particularmente tenho resistência com a abordagem do “vereador de bairro”, até porque são 36 vereadores e a cidade tem 81 bairros. Porto Alegre é uma só. É POA de todos!
VD: Outra pergunta: Você se formou em Turismo. O que acha do potencial turístico de Porto Alegre? O que pode falar e fazer sobre isso?
Cassiana: Esse é meu sonho de consumo! Ha , ha! Menina dos olhos!!Temos muito potencial aqui! Mas além do turismo de naturezas, quero pôr Porto Alegre no mapa do turismo de negócios do Brasil com eventos, seminários, congressos, feiras, campeonatos! Pretendo propor um calendário de eventos para Porto Alegre.
VD: Cassy, perdão, esqueci de perguntar: com que você trabalha? Estou tomando muito seu tempo, perdoe-me…
Cassiana: Fábio, você é um “gentleman”! Estou adorando interagir contigo e com o pessoal. Sou empresária da construção civil, nos últimos 5 anos tenho me dedicado a essa atividade, que me proporcionou a oportunidade de trabalhar com uma classe de pessoas maravilhosas, incríveis, com as quais tenho aprendido muito sobre cidadania, empenho, dedicação, superação. Meus queridos pedreiros, pintores, gesseiros, ceramistas, hidráulicos, eletricistas, serventes, arquitetos, engenheiros, empreiteiros, temos rido e chorado juntos e vivencio com eles as dificuldades que enfrentam de fato! Preciso realmente dar atenção aqui na empresa, já tem uma fila de demandas para eu atender. Hoje também é sexta-feira, dia do pagamento da gurizada! Então eu agradeço a você e a todos por essa oportunidade sensacional e peço a gentileza se podemos retomar no fim do dia?
VD: Perfeito, Cassy! Desculpe ocupar sua agenda assim, sem prévia reserva… Vou consolidar nossos bate-papos em um artigo, no momento oportuno! Muito obrigado, querida!
Cassiana: Eu que te agradeço demais! Não tem porque se desculpar! De novo agradeço em especial pela compreensão que sou uma pessoa igual a todo mundo, preciso trabalhar e tocar o barco, pois não vivo da política, vivo do meu negócio! Um beijo enorme no coração! Grata a todos e ansiosa pela sequência!
Fábio Talhari, para Vida Destra, 3/10/2.020.
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Parabéns pela entrevista.