Amigos leitores, às vésperas do aniversário de 85 anos da Intentona Comunista, trazemos até vocês este belo trabalho, que nos ajudará a compreender este importante evento da nossa história. Por ser um conteúdo rico e extenso, o dividiremos em partes, que serão publicadas diariamente, a partir de hoje. Apreciem!
Lembrai-vos de 1935: A Intentona Comunista – Parte I
Estamos em 2020 e as pessoas do século XXI parecem ter esquecido o verdadeiro sentido da palavra ódio. O legado político daqueles comunistas que perpetraram o maior assassinato civil da história do Brasil passa despercebido da maioria. Este legado anda fantasiado de amarelo e com nome código Movimento 65, vulgo Partido Comunista do Brasil, e Cidadania, antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Em memória aos heróis tombados naquele mês de novembro de 1935, é importante deixar a chama da memória histórica acesa. Irmãos, lembrai-vos de 35!
Prólogo
Um carro para para ser identificado na entrada do Campo dos Afonsos, dentro, jovens oficiais pilotos da Aviação do Exército, em mais um dia comum, como o dia de hoje, era 25 de novembro de 1935.
Ouve-se um disparo na direção dos hangares. O capitão Agliberto, com seu rosto marcado pelo ódio, vira em direção ao Tenente Bragança. Nenhum dos ocupantes do carro poderia imaginar o que se sucederia.
Bragança era um jovem oficial, aviador, cheio de sonhos, embarcado no carona do veículo do também capitão Sócrates. Seus pensamentos estavam em como seria seu voo matinal, seu foco nos afazeres da lida militar.
De repente ele observa Agliberto sacar uma arma, com olhar descrente, boca seca, testa franzida, ele não compreendeu o gesto do antes “irmão de armas”, agora prestes a se tornar o seu algoz e assassino.
Sem direito à defesa ou à luta por sua vida, Bragança deve tê-la visto passar rapidamente como um filme, ele não sabia o que esperar quando viu a arma de Aglilberto, o capitão agora comunista, apontada e disparada em sua direção em fração de segundos. Os olhos do jovem oficial aviador não mais veriam a luz do sol.
Bragança fora covardemente assassinado naquela manhã de 25 de novembro de 1935. Assim como ele, cerca de 700 militares e civis seriam covardemente roubados e assassinados na tentativa de tomada do PODER pelos progressistas comunistas, chamada INTENTONA COMUNISTA.
Parte I – Antecedentes
Para entendermos o que aconteceu em 1935 é necessário voltar no tempo e chegar a 1920.
Na década de 1920 o Brasil era governado pelas oligarquias paulista e mineira que derrubaram o Império. As oligarquias menores, do Sul do País, estavam cansadas da velha República do “café com leite”, e se debatiam fortemente na campanha presidencial o candidato gaúcho Nilo Peçanha e Artur Bernardes. O ano era 1922.
Na época já existiam fake news. Cartas criticando o Exército Brasileiro e seus oficiais vieram a público como tendo sido escritas por Artur Bernardes. A consequência foi a decretação, pelo Presidente Epitácio Pessoa, da prisão do Marechal Hermes da Fonseca (ex presidente do Brasil, de 1910 a 1914) e líder do Clube Militar, o qual também foi decretado o fechamento, após críticas extensas às políticas oligárquicas do governo.
Assim a autoridade de Artur Bernardes, presidente eleito, começou a se desgastar com a oficialidade das Forças Armadas, antes mesmo de sua posse em 1922. Os oficiais de baixa patente (tenentes), já revoltados com o desmonte das Forças Armadas, recrudesceram suas posições revolucionárias com mais essa afronta ao Exército Brasileiro.
Em meados de 1922, 18 tenentes se rebelaram e tomaram a Fortaleza de Copacabana, entre eles estava um jovem chamado Luís Carlos Prestes. Os tenentes eram historiadores e estudiosos natos e se aclamaram os salvadores da República. Suas propostas iam do desmonte do sistema federalista e retorno da centralização da República, até ao aumento dos investimentos nas condições de vida da população, na indústria e no comércio, bem como nas Forças Armadas.
Entretanto, alguns deles, eram idealistas e rapidamente abraçaram as causas operárias, o que os aproximou do movimento comunista recém vitorioso no Leste Europeu, na Rússia.
Em 1928, após a derrota de sua empreitada na “Coluna Prestes”, Prestes se aprofundou no estudo do Marxismo na Bolívia, onde estava escondido.
Já como uma promessa no campo político esquerdista, Prestes foi convidado por Getúlio Vargas para ser o chefe civil da Revolução de 1930, cargo que recusou, mesmo após ter recebido o pagamento de Vargas.
Todo o recurso financeiro recebido foi repassado para a “causa”. O destino do dinheiro, oitocentos contos de réis (cerca de R$ 100.000.000,00 em valor atualizado), foi a sede da Internacional Comunista na Argentina.
É importante fazer uma anotação aqui. A Internacional Comunista, de orientação soviética, é a origem do Partido Comunista Brasileiro que, em 2019, mudou seu nome para partido CIDADANIA, cujo crescimento foi bem notado nas eleições de 2020 no Brasil.
Voltando ao século XX, em 1934 Luís Carlos Prestes volta clandestinamente para o Brasil. Naquele momento Prestes havia sido o escolhido para ser o Presidente do Soviete Brasileiro pela Internacional Comunista. A seu lado infiltrou-se no Brasil Olga Benário, sua controladora política, com o disfarce de esposa.
Observe que já naquela época era práxis a colocação de “esposas e maridos” estrangeiros, ao lado de políticos que exerceriam posições de proeminência para serem cobertos, controlados e protegidos. Lembra algum sujeito? Um sujeito branco (que se diz negro)? Que tem uma “marida” jornalista?
Prestes retomou seus contatos militares e aliou os esforços do Partido Comunista aos da Aliança Nacional Libertadora, um movimento armado que se opunha ao Integralismo. Nessa época começa a caça comunista aos fascistas (integralistas), discurso que permanece até hoje, como vários outros que veremos aqui.
No mundo estávamos à beira da Segunda Grande Guerra, onde nacionais SOCIALISTAS (fascistas) caçavam Judeus e Comunistas por toda a Europa, decretando seus exílios, prisões ou mortes. O Brasil e a América do Sul eram uma opção ideal para a consolidação de novos mercados, e povos a serem escravizados pelas teorias comunistas.
Em meio a este turbilhão político mundial, em julho de 1935, como primeiro ato hostil, Prestes escreve o Manifesto Comunista Brasileiro, que exigia todo o poder à Aliança Nacional Libertadora (ANL) para a derrubada e a tomada do PODER do presidente, legalmente eleito, Getúlio Vargas.
Parte I
Parte II
Parte III
Homenagem
Parte IV Final
Clynson, para Vida Destra, 24/11/2020.
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Parabéns pelo artigo. Realmente conhecer a história do Brasil é interessante.
Excelente! Precisamos revisitar fatos históricos, estudá-los para aprendermos com eles, pois nos ajudam a entender o presente e construir o futuro, evitando-se cometer os mesmos erros do passado!
Parabéns pelo artigo, bastante esclarecedor e didático.
Será q a esquerda, amante da paz e defensora dos direitos humanos como é, pedirá desculpas pelos covardes assassinatos, muitos deles com as vítimas dormindo? A Intentona mostra a real face dos comunistas qdo julgam ter possibilidade de tomar o poder: a de assassinos.
Parabéns pela iniciativa. Meu avô Maximiano José dos Santos, marinheiro, participou do movimento no Rio de Janeiro. Dizia ele que a guerra era entre fascistas e comunistas. Gostei de ler o artigo, traz a memória de idealistas que os professores de história passam rápido e até mesmo omitem.