Prezados leitores, segue a quarta parte deste rico estudo da Intentona Comunista. Apreciem!
Lembrai-vos de 1935: a Intentona Comunista – Parte IV
Parte IV – A Intentona Comunista em Pernambuco
“Tempo e História são essenciais para a humanidade construir civilizações. Ninguém pode prescindir do passado. Mas olhar para trás exige entender os fatos pretéritos como oportunidade de preservar a memória e evoluir as ideias – forma eficaz de se enfrentar as imprecisas, difíceis e novas conjunturas. Transcorridos 84 anos, hoje homenageamos os mortos pela intriga e pela deslealdade de homens que envergavam o mesmo uniforme e que a cada manhã, saudavam a mesma bandeira, mas que adoravam mais uma sórdida ideologia do que serviam à Pátria. Era a fugaz, embora traumática, vitória da intolerância e do radicalismo, incentivando ações violentas e erigindo falácias com base em meias-verdades.”
(Exército Brasileiro, 1999)
No dia hoje, lembramos de um dos eventos mais macabros de nossa história, manchada com sangue e traição por irresponsáveis que, pela força, tentaram subverter o País ao comunismo.
Não obstante hoje, 27 de novembro de 2020, ainda vemos a tentativa de líderes marginais, recém egressos do cárcere, fomentarem a “intolerância e o radicalismo, incentivando ações violentas e erigindo falácias com base em meias verdades”.
Não se engane, nada é por acaso, não existem coincidências.
A INTENTONA COMUNISTA EM PERNAMBUCO
Em Recife, capital de Pernambuco, a infiltração nas fileiras do Exército seguiu o mesmo padrão do restante do País. Praças (graduados) e oficiais de baixa patente foram aliciados pela ideologia macabra e, ao alvorecer do dia 24 de novembro, insurgiram-se contra o comando do 29º Batalhão de Caçadores.
Os líderes da revolução, tenente Lamartine e capitão Otacílio, se apossaram do armamento e da munição do 29º BC. Um combate ferrenho e entrincheirado se iniciou dentro do aquartelamento, tendo sido as forças revolucionárias as vitoriosas.
Eles tomaram o largo da Paz e outros pontos importantes da cidade. O Recife virou uma praça de guerra, não havia limites para a barbárie. Civis e militares mortos às centenas, corpos pelas ruas, cenas de um crime contra a Pátria perpetrado por selvagens ideológicos.
Ao tomar conhecimento do levante, o comandante da 7ª Região Militar Gen. Manuel Rabelo, e o Secretário de Segurança Malvino Reis, armaram a guarda civil e cercaram os revoltosos até o dia 26 de novembro, quando a normalidade legal retornou às mãos das autoridades e os amotinados foram presos.
Em Olinda, o sargento Gregório Bezerra e um punhado de civis, invadiram outra organização militar, roubando o armamento, e executando militares. Entretanto, a ação destacada do sargento Vieira levou Gregório à prisão, e com a chegada de uma unidade militar em reforço, normalizava-se a situação em Olinda.
Estas ações de combate foram sangrentas e deixaram mais de 720 mortos em Olinda e Recife. A vida humana não tem preço, o direito à vida é inviolável segundo nossa própria Constituição, mas nada nesse mundo justifica a morte de 720 brasileiros em apenas dois dias.
Como comparativo, o tão mal afamado Regime Militar, teve, entre mortos e desaparecidos, cerca de 400 pessoas, em um período de 20 anos. Ainda comparando, em 2018 foram mortas cerca de 328 pessoas a cada dois dias, em todo o Brasil, ou seja, o nível de violência vivido naqueles dois dias em Recife, é algo inimaginável nos dias de hoje.
Os comunistas, para tomar o PODER, não tinham nenhum limite. O sacrifício da vida de brasileiros, para eles, era apenas um pequeno preço a ser pago na busca da Liberdade.
As perguntas que faço são: de que tipo de Liberdade eles estavam falando? Uma que custa 720 mortos em dois dias? Fica a reflexão.
Naquela mesma noite de 26 de novembro de 1935, o presidente Getúlio Vargas, dirigiu-se ao Congresso, e solicitou o estabelecimento do ‘Estado de Sítio’ para todo o País.
[…] A insurreição que acaba de irromper, afirmo-o ao Poder Legislativo, diante da segurança dos elementos colhidos nas investigações, tem outra finalidade, pois que tenta, por processos violentos, subverter não somente a ordem política, senão também a ordem social, mudando a forma de governo estabelecida pela Constituição e a sua ideologia política, social e econômica. Tem, por isso mesmo, articulações em outros pontos do território nacional […] (Vargas, 1935)
Continua…
Perdeu os artigos anteriores? Acesse-os facilmente através dos links abaixo:
Parte I
Parte II
Parte III
Homenagem
Clynson, para Vida Destra, 27/11/2020.
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parabéns!!! Aprender sobre o que não nos contaram, virou um vício.
Não aprendi nada sobre isso na escola.