Alto índice de homicídio por ano, previdência social quebrada, déficit nas contas públicas, sistema educacional falido. Esses problemas colocam o Brasil numa situação análoga a de um paciente com câncer terminal, que pode morrer a qualquer momento se não começar um tratamento eficaz que remova as células cancerígenas. A partir desses problemas, surge a necessidade urgente de intervenções e reformas por parte de quem detém o poder para realiza-as, ou seja, os governos no sentido amplo, o que vai além do Executivo, abrangendo o Legislativo e Judiciário também. Essas reformas, no entanto, não são pequenas e também não são fáceis de serem feitas, pois envolve assuntos complexos, como finanças, desigualdade, pobreza, distribuição de renda etc., e como o ônus da democracia é conviver e aceitar opiniões diferentes das que defendemos, muitas vezes o que deve ser feito não é, o que traz sérias consequências para o futuro.
Essas opiniões contrárias às reformas existem porque são propagadas como informações falsas, que beneficiam um determinado grupo. O grupo beneficiado são os políticos de esquerda, que espalham informações como “a nova previdência vai prejudicar os mais pobres” e se beneficiam dessa narrativa, pois se a nova previdência não for aprovada, o culpado será o atual presidente, que terá sua popularidade desgastada e abrirá brecha para a esquerda ganhar força e voltar com tudo em 2022.
Todos os problemas do país acabam nos afetando diretamente, o que nos faz esquecer que podemos mudá-lo, mas não da noite pro dia, como querem os defensores de um novo Regime Militar (como se esse período tivesse sido bom para o país), mas sim através de um processo que leva tempo, semelhante ao que aconteceu na antiga Inglaterra, envolvendo o soldado Anthony Fisher e o economista liberal Hayek. Fisher era um membro das forças armadas britânicas e lutou contra o nazismo na segunda guerra mundial. A guerra acabou, o Reino Unido venceu e pouco tempo depois o Labor Party, o PT inglês, vence as eleições e começa uma política econômica completamente estatizante no país, o que o Hayek já tinha criticado em 1944 na obra “O Caminho da Servidão”, que mostra como a estatização da economia leva ao totalitarismo e à miséria. Fisher, que conhecia a obra de Hayek, ao ver isso, chegou no economista e disse: “olha, Hayek, eu li seus livros e estou vendo que as políticas que o partido trabalhista está tomando vai nos levar à falência, então eu quero montar um partido político e quero que você seja o candidato a primeiro ministro”. Hayek admira o entusiasmo de Fisher, mas diz a ele: “olha, sua ideia é nobre, mas só tem um problema: se você fundar um partido e eu for o candidato, teremos somente meia dúzia de votos. Antes de eleger alguém que pense diferente dos membros do partido trabalhista, temos que mostrar para as pessoas por que as políticas estatizantes são erradas”. Trazendo a situação para os dias de hoje, o que Hayek quis dizer foi mais ou menos: “temos que mostrar para as pessoas o porquê de a esquerda estar errada e da direita, apesar de imperfeita, sim, estar certa”. Se você acha que Anthony Fisher desanimou ao ter ouvido isso, você está redondamente enganado, porque após a reunião com Hayek, ele funda o Institute of Economic Affairs, ou, em português, Instituto de Assuntos Econômicos, uma mídia que defendia a liberdade econômica e a economia de mercado.
30 anos depois da fundação do Institute of Economic Affairs e do desgaste do Partido Trabalhista, a população viu o erro que cometeu ao deixar o partido trabalhista governar por anos o país e surgiu, então, uma figura que se tornaria a mulher mais importante do século XX, odiada por feministas e esquerdistas e que conseguiu retirar o Reino Unido da lama e coloca-lo como uma das maiores economias do mundo através das políticas de mercado que o instituto de Anthony Fisher defendia: Margaret Thatcher. Thatcher assumiu um país quebrado financeiramente e sem nenhuma perspectiva de melhora, enfrentou grandes desafios para privatizar empresas estatais, abrir mercados, desregulamentar setores, fechar sindicatos e cortar gastos do governo. Porém, o remédio amargo no começo se mostrou extremamente eficiente: a política de Thatcher garantiu a ela 3 mandatos consecutivos como primeira ministra e depois um assento vitalício na Câmara dos Lordes, o Senado britânico. Ela conseguiu cumprir aquilo que disse em seu discurso de posse: “quero mudar esse país, fazendo que as pessoas que dizem: “faça para mim” ao invés disso falem: “deixa que eu faço””.
A ideia a ser passada nesse artigo é: nós, de direita, precisamos explicar aos esquerdistas o porquê de eles estarem errados e como as políticas de direita são mais benéficas principalmente para os mais pobres. Por exemplo: explicar para um esquerdista que a previdência social de hoje é um motor de desigualdade, pois retira muito dos mais pobres, pouco dos ricos e dá muito aos ricos e pouco aos pobres. Explicar que a reforma vai resolver parte do problema da desigualdade reduzindo a alíquota de contribuição dos mais pobres e aumentando a dos mais ricos, acabando com as super aposentadorias dos membros do Congresso e do funcionalismo público e criando regras mais compatíveis entre setor público e privado etc. Ou você pode explicar a ele também como a proibição das armas de fogo aumentou o número de homicídios cometidos por armas e como países que permitem seus cidadãos terem armas são mais seguros. Inclusive, temos um artigo recheado de argumentos aqui.
Obviamente não iremos conseguir mudar a mentalidade de todas as pessoas de esquerda, porque muitos, como dito acima, se beneficiam dessas políticas, mas mudando uma parte já ajuda bastante. O esquerdismo é uma doença mental segundo o psiquiatra Lyle Rossiter e como qualquer doença, quanto mais ela está desenvolvida, mais difícil é a sua cura, sendo as vezes impossível e por este motivo, o ideal é convencer pessoas mais novas de que elas estão erradas e por quê, que é mais ou menos o que os professores de universidades federais fazem com seus alunos, aproveitando que têm o prestígio do cargo de professor. Faríamos uma “desdoutrinação”, pois traremos a verdade, com sólidos argumentos e dados estatísticos para provar que estamos certos. Lembrando de nunca partir para xingamentos, apenas a boa argumentação e apontar os vícios na argumentação errada, com provas e estatísticas. Seguindo isso, você obterá sucesso ao tentar curar um esquerdista e se quiser se aprofundar mais nesse assunto, você pode ler esse outro artigo.
Como a esquerda está queimada com a sociedade e o governo Bolsonaro tem conseguido, apesar do STF e Congresso atrapalharem, boas medidas, este é o momento mais oportuno para começarmos essa operação. Anthony Fisher, no século XX, no ano de 1945, em que não se tinha internet e o processo para difusão de informação era muito mais caro e burocrático, não desanimou de levar ideias de liberdade econômica para a população. Hoje temos meios muito mais rápidos, como a internet, e poucas mídias de direita, o que permite uma melhor organização, e foi justamente por isso que surgiu o Vida Destra, para desmistificar mitos e espalhar ideias que levam a verdade. Mostre para o seu colega esquerdista nossos artigos sobre pacote anticrime, desarmamento, reforma da previdência e veja a reação dele. A maioria das pessoas de esquerda, tal como nós, têm o mesmo objetivo: construir um país melhor para se viver, só discordamos dos meios. o único problema deles é que estão enviesados pela ignorância e a cura para a ignorância é a informação. Quando descobrem que os meios que defendem para atingir um determinado fim estão errados, o esquerdistas mudam de ideia, inclusive, foi por ter percebido que os meios estavam errados que eu e muitos outros viraram à direita e aqui estamos até agora e vamos ficar até conseguirmos os melhores resultados que as políticas de direita têm, que é prosperidade e segurança.